terça-feira, 16 de maio de 2017

Dez razões para rejeitar o socialismo

1. Socialismo e comunismo são a mesma ideologia O comunismo não é senão uma forma extrema de socialismo. Do ponto de vista ideológico, não há diferença substancial entre os dois. Na verdade, a União Soviética, um país comunista, chamou-se “União das Repúblicas Socialistas Soviéticas” (1922-1991) e igualmente a China comunista, Cuba e Vietnam se definem como nações socialistas. 2. O socialismo viola a liberdade pessoal O socialismo visa eliminar a “injustiça” pela transferência de direitos e responsabilidades dos indivíduos e das famílias ao Estado. No processo, o socialismo realmente cria injustiças. Ele destrói a verdadeira liberdade: a liberdade de decidir todas as questões que estão dentro da nossa própria competência e de seguir o curso mostrado pela nossa razão, nos limites das leis morais, incluindo os ditames da justiça e da caridade. 3. O socialismo viola a natureza humana O socialismo é anti-natural. Ele destrói a iniciativa pessoal - fruto do nosso intelecto e livre arbítrio - e o substitui pelo controlo do Estado. Ele tende ao totalitarismo, com a repressão do governo e da polícia, onde é aplicado. 4. O socialismo viola a propriedade privada O socialismo apela à “redistribuição da riqueza”, tirando dos “ricos” para dar aos pobres. Impõe impostos que punem aqueles que foram capazes de tirar o maior partido dos seus talentos produtivos, capacidade de trabalho ou hábitos de poupança. Ele utiliza a tributação para promover o igualitarismo económico e social, um objectivo que será plenamente alcançado, de acordo com o Manifesto Comunista, com a “abolição da propriedade privada”. 5. O socialismo opõe-se ao casamento tradicional O socialismo não vê nenhuma razão moral para se restringirem as relações sexuais ao casamento, isto é, uma união indissolúvel entre um homem e uma mulher. Além disso, como ficou dito, o socialismo mina a propriedade privada, o que Friedrich Engels — fundador do socialismo e do comunismo modernos, juntamente com Karl Marx — considerava como o fundamento do casamento tradicional. 6. O socialismo opõe-se ao direito dos pais na educação O socialismo quer que o Estado, e não os pais, controle a educação dos filhos. Quase desde o nascimento, as crianças devem ser entregues a instituições públicas, onde lhes será ensinado o que o Estado quer, independentemente dos pontos de vista dos pais. A teoria da evolução deve ser ensinada [em oposição à doutrina da origem dos seres por criação]. A oração deve ser proibida nas escolas. 7. O socialismo promove a igualdade radical A suposta igualdade absoluta entre os homens é o pressuposto fundamental do socialismo. Por isso, ele vê qualquer desigualdade como injusta em si mesma. Assim, os empregadores privados são retratados como “exploradores”, cujos lucros realmente pertencem a seus empregados. Como consequência, rejeitam o sistema assalariado. 8. O socialismo promove o ateísmo A crença em Deus, que ao contrário de nós é infinito, onipotente e onisciente, choca-se de frente com o princípio da igualdade absoluta. O socialismo, por conseguinte, rejeita o mundo espiritual, alegando que só existe a matéria. Deus, a alma, e a vida futura são apenas ilusões, de acordo com o socialismo. 9. O socialismo promove o relativismo Para o socialismo, não existem verdades absolutas nem moral revelada, que estabelecem normas de conduta que se aplicam a todos, em todos os lugares e sempre. Tudo evolui, incluindo o certo e o errado, o bem e o mal. Não há lugar para os Dez Mandamentos, nem na esfera privada, nem na praça pública. 10. O socialismo zomba da religião De acordo com Karl Marx, a religião é o “ópio do povo”. Lênin, o fundador da União Soviética, vai mais longe: “A religião é o ópio do povo. A religião é uma espécie de má aguardente espiritual na qual os escravos do capital afogam a sua imagem humana, a sua procura por uma vida mais ou menos digna do homem.”

domingo, 14 de maio de 2017

Frases para pensar

  1. Não existem almoços grátis (Milton Friedman).
  2. Todo o problema complexo tem uma solução fácil, simples, óbvia e … errada.
  3. O problema não é o que você não sabe, mas o que você não sabe, que não sabe.
  4. Os governantes e as fraldas devem ser trocados periodicamente pelo mesmo motivo (Eça de Queiroz em As Farpas).
  5. O poder corrompe, quanto mais concentrado o poder maior a corrupção, quanto mais diluído menor a corrupção, o poder absoluto corrompe absolutamente (Lord Acton).
  6. A troca é um jogo de soma positiva. Numa troca voluntária há uma criação de valor, uma vez que ambos os participantes, pela sua própria avaliação subjetiva, tiveram um aumento de satisfação (Donald Stewart).
  7. No mundo atual o conhecimento é o principal recurso para os indivíduos e para a economia como um todo. Os recursos naturais, o trabalho e o capital – os fatores tradicionais de produção da economia – não desaparecem, mas  tornam-se secundários. (Peter Drucker).
  8. O objetivo da indústria não é apenas o lucro: o empresário deve sempre propor-se a produzir bens e serviços úteis… a negação desta ideia é a especulação. (Henry Ford).
  9. Não há vento favorável para quem não sabe aonde vai. (Sêneca).
  10. Não é o empregador que paga os salários: é o cliente. (Henry Ford).
  11. Sabedoria é a qualidade de ver as consequências de longo prazo das ações presentes, a disposição para sacrificar ganhos de curto prazo a fim de obter vantagens maiores no longo prazo, a capacidade de controlar o que é controlável e de não se preocupar com aquilo que não o é. Portanto, a essência da sabedoria é a preocupação com o futuro. (Russel Ackoff).
  12. Aquele que não prevê os acontecimentos no longo prazo expõe-se a infelicidades próximas. (Confúcio).
  13. Só o trabalho produtivo gera riqueza.
  14. Pela habilidade para lidar com pessoas pagarei mais do que por qualquer outra habilidade que se possa imaginar. (John D. Rockefeller).
  15. O forte rei faz forte a fraca gente. (Luiz Vaz de Camões).
  16. Não há nada mais difícil de executar, mais perigoso de conduzir e mais incerto no seu êxito do que introduzir uma nova ordem, porque esta transformação terá forte resistência dos que se beneficiavam das leis antigas e as leis novas não encontrarão, com igual ânimo e por timidez, defensores entre os que estas vierem a favorecer. (Macchiavelli em Il Principe).
  17. O livre comércio de mercadorias é inquestionavelmente benigno, pois favorece a especialização competitiva segundo vantagens comparativas, incentivando a eficiência do produtor e a satisfação do consumidor. (Roberto Campos em Na Virada do milênio).
  18. As leis económicas são tão correctas quanto as leis físicas. Não se pode ir contra elas impunemente. (Say).
  19. Não se devem fazer leis sobre o que pode ser mudado pelos costumes. (Montesquieu).
  20. Uma revolução faz em dois dias a obra de cem anos e perde em dois anos a obra de cinco séculos. (Paul Valéry).
  21. Uma experiência vale mais que mil teorias (André Gide).
  22. As leis inúteis enfraquecem as necessárias (Montesquieu).
  23. Não se deve deixar os intelectuais brincarem com fósforos (J. Prévert).
  24. Está bem pago aquele que está satisfeito com o que recebeu (Shakespeare).
  25. O homem superior é aquele que executa aquilo que fala e fala de acordo com o que faz (Confúcio).
  26. A melhor maneira de impor uma ideia aos outros é fazer-lhes crer que a ideia veio deles (Alphonse Daudet).
  27. São as ideias que conduzem o mundo (E. Renan).
  28. O grande segredo da ética consiste justamente em que o meio é mais importante que o fim. (Berdiaev).
  29. As próprias leis da justiça possuem alguma mistura de injustiça. (Montesquieu).

O liberalismo e o socialismo são dois sistemas opostos.

A essência do liberalismo, conforme diz o nome é o conceito de liberdade. 
O direito dos indivíduos sobre o seu corpo, sua mente e sobre a propriedade daquilo que cada um produz física e intelectualmente. 
Foram os liberais que se insurgiram contra a escravidão no século XIX, tanto na Europa quanto na América Latina, opondo-se ao desejo dos conservadores de manter esse regime. 
Os liberais sempre foram considerados progressistas, porque, de facto, a liberdade facilita o progresso e a criação de riquezas.
O liberalismo não é uma ideologia (não acredita nelas), segue a leitura da realidade, cujas comprovações mais elementares são as seguintes: a riqueza cria-se, e sua criação depende mais da iniciativa privada do que do Estado; para se avançar rumo à modernidade e deixar a pobreza para trás, são requeridos poupança, trabalho, educação, controle dos gastos públicos, investimentos nacionais e estrangeiros, multiplicação de empresas – grandes, médias e pequenas – bem como a eliminação dos monopólios públicos e privados, do clientelismo, da corrupção e da burocracia vegetativa; a supressão de trâmites, subsídios e regulações inúteis; uma Justiça rigorosa, segurança jurídica e, de forma geral, respeito à lei e à liberdade em todas as suas formas. Tais aspectos constituem os perfis do modelo liberal.

O liberalismo preza a competição, a meritocracia, a igualdade de oportunidades no ponto de partida e o respeito aos contratos e à propriedade. “O liberalismo tira conclusões das experiências bem-sucedidas de nações como Coréia do Sul, Taiwan, Cingapura, Hong Kong, Espanha, Nova Zelândia e, mais recentemente, China, Índia, Irlanda, Estônia, República Tcheca e Chile, ao mesmo tempo em que observa o que falta aos países para seguir por esse rumo, encontrando aí, de passagem, uma explicação para os nossos persistentes níveis de pobreza. Olhar primeiro as realidades que nos possam servir de exemplo e só depois formular propostas parece algo mais sadio do que obedecer aos ditames, deformações ou superstições.”[2]


O socialismo é uma ideologia utópica, que deu errado sempre que foi aplicado na sua forma mais pura, conduzindo a regimes totalitários com privação completa da liberdade e resultados económicos ruins. Mesmo quando aplicado de forma mitigada, como no caso das sociais democracias européias, que já possuíam anteriormente alto nível de renda por habitante, o resultado económico ficou bem aquém dos obtidos pelos países que preferiram o modelo liberal. Por isso, vários países estão reformulando as suas regras.

A razão da superioridade do liberalismo sobre o socialismo é extremamente simples: se as pessoas podem se apropriar daquilo que produziram e criaram, a riqueza é gerada e aumenta sempre. Se o que for produzido tem que ser entregue a terceiros a riqueza não aumenta.

A razão pela qual os socialistas demonizaram o liberalismo é justamente esta: eles não se conformam com a realidade dos factos. Uma ideologia parte de hipóteses que se transformam em premissas e depois em dogmas, a seguir constrói uma teoria que se transforma numa verdadeira religião. Se os factos não estão de acordo com os dogmas, mudem-se os factos para preservar os dogmas.

[1] Vargas Llosa, Álvaro; Montaner, Carlos A.; Mendoza, Plínio A.; A Volta do Idiota.
[2] Idem."

Professor Francisco Lacombe