sábado, 18 de janeiro de 2020

A Suécia, o paraiso socialista, a ferro e fogo

A Suécia foi atingida por uma onda de tiroteios e atentados nos últimos dois anos, que a polícia associou a conflitos de gangues nas principais cidades, chocando os suecos, que há muito consideram seu país um dos mais seguros do mundo.  Cerca de 257 ataques a bomba foram relatados à polícia no ano passado, contra 162 no ano anterior, mostraram as estatísticas do Conselho Nacional de Prevenção ao Crime. 

A agência não forneceu nenhuma informação sobre os tipos de explosivos usados com mais freqüência ou outros detalhes, mas a mídia sueca relatou alguns ataques usando bombas improvisadas feitas a partir de frascos de vácuo cheios de material explosivo. 
Os números faziam parte de um relatório sobre as taxas de criminalidade, que mostrou que, em geral, o número de crimes denunciados à polícia caiu ligeiramente no ano passado. 

O clamor público por causa do aumento da violência forçou o governo a aumentar os gastos com a polícia e a lançar um programa para combater o crime organizado, pois a lei e a ordem se tornam um dos principais campos de batalha políticos. 
"O governo forneceu recursos extras e a polícia está tomando medidas concertadas agora contra a violência das gangues", disse o ministro da Administração Interna, Mikael Damberg, em um comentário enviado à Reuters. 

“Com os esforços que estamos fazendo, estou convencido de que podemos mudar isso. A sociedade é mais forte do que essas quadrilhas criminosas. ” 
Políticos da oposição, no entanto, culpam o governo por anos de inação. “Este governo perdeu o controle sobre o crime na Suécia. Vimos nos últimos anos como o número de mortes aumentou. Agora, as explosões de bombas também estão aumentando de uma maneira que carece de equivalência internacional ”, disse Ulf Kristersson, líder do partido de oposição dos Moderados.

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Portugal, foi destruido por 45 anos de socialismo


Portugal atravessa um dos momentos mais difíceis da sua história que terá que resolver com urgência, sob o perigo de deflagrar crescentes tensões e consequentes convulsões sociais.Importa em primeiro lugar averiguar as causas. Devem-se sobretudo à má aplicação dos dinheiros emprestados pela CE para o esforço de adesão e adaptação às exigências da união.

Foi o país onde mais a CE investiu "per capita" e o que menos proveito retirou. Não se actualizou, não melhorou as classes laborais, regrediu na qualidade da educação, vendeu ou privatizou mesmo actividades primordiais e património que poderiam hoje ser um sustentáculo.

Os dinheiros foram encaminhados para auto-estradas, estádios de futebol, constituição de centenas de instituições público-privadas, fundações e institutos, de duvidosa utilidade, auxílios financeiros a empresas que os reverteram em seu exclusivo benefício, pagamento a agricultores para deixarem os campos e aos pescadores para venderem as embarcações, apoios estrategicamente endereçados a elementos ou a próximos deles, nos principais partidos, elevados vencimentos nas classes superiores da administração pública, o tácito desinteresse da Justiça, frente à corrupção galopante e um desinteresse quase total das Finanças no que respeita à cobrança na riqueza, na Banca, na especulação, nos grandes negócios, desenvolvendo, em contrário, uma atenção especialmente persecutória junto dos pequenos comerciantes e população mais pobre.

A política lusa é um campo escorregadio onde os mais hábeis e corajosos penetram, já que os partidos cada vez mais desacreditados, funcionam essencialmente como agências de emprego que admitem os mais corruptos e incapazes, permitindo que com as alterações governativas permaneçam, transformando-se num enorme peso bruto e parasitário. Assim, a monstruosa Função Publica, ao lado da classe dos professores, assessoradas por sindicatos aguerridos, de umas Forças Armadas dispendiosas e caducas, tornaram-se não uma solução, mas um factor de peso nos problemas do país.

Não existe partido de centro já que as diferenças são apenas de retórica, entre o PS (Partido Socialista) e o PSD (Partido Social Democrata), de direita, agora mais conservador ainda, com a inclusão de um novo líder, que tem um suporte estratégico no PR e no tecido empresarial abastado. Mais à direita, o CDS (Partido Popular), com uma actividade assinalável, mas com telhados de vidro e linguagem publica, diametralmente oposta ao que os seus princípios recomendam e praticarão na primeira oportunidade. À esquerda, o BE (Bloco de Esquerda), com tantos adeptos como o anterior, mas igualmente com uma linguagem difícil de se encaixar nas recomendações ao Governo, que manifesta um horror atávico à esquerda, tal como a população em geral, laboriosamente formatada para o mesmo receio. Mais à esquerda, o PC (Partido comunista) menosprezado pela comunicação social, que o coloca sempre como um perigo latente e uma extensão inspirada na União Soviética, oportunamente extinta, e portanto longe das realidades actuais.

Assim, não se encontrando forças capazes de alterar o status, parece que a democracia pré-fabricada não encontra novos instrumentos.
Contudo, na génese deste beco sem aparente saída, está a impreparação, ou melhor, a ignorância de uma população deixada ao abandono, nesse fulcral e determinante aspecto. Mal preparada nos bancos das escolas, no secundário e nas faculdades, não tem capacidade de decisão, a não ser a que lhe é oferecida pelos órgãos de Comunicação. Ora e aqui está o grande problema deste pequeno país; as TVs as Rádios e os Jornais, são na sua totalidade, pertença de privados ligados à alta finança, à industria e comercio, à banca e com infiltrações accionistas de vários países.

Ora, é bem de ver que com este caldo, não se pode cozinhar uma alimentação saudável, mas apenas os pratos que o "chefe" recomenda. Daí a estagnação que tem sido cómoda para a crescente distância entre ricos e pobres.
A RTP, a estação que agora engloba a Rádio e TV oficiais, está dominada por elementos dos dois partidos principais, com notório assento dos socialistas, especialistas em silenciar posições esclarecedoras e calar quem levanta o mínimo problema ou dúvida. 
A selecção dos gestores, dos directores e dos principais jornalistas é feita exclusivamente por via partidária. Os jovens jornalistas, são condicionados pelos problemas já descritos e ainda pelos contratos a prazo determinantes para o posto de trabalho enquanto, o afastamento dos jornalistas seniores, a quem é mais difícil formatar o processo a pôr em prática, está a chegar ao fim. A deserção destes, foi notória.

Não há um único meio ao alcance das pessoas mais esclarecidas e por isso, "non gratas" pelo establishment, onde possam dar luz a novas ideias e à realidade do seu país, envolto no conveniente manto diáfano que apenas deixa ver os vendedores de ideias já feitas e as cenas recomendáveis para a manutenção da sensação de liberdade e da prática da apregoada democracia.

Só uma comunicação não vendida e alienante, pode ajudar a população, a fugir da banca, o cancro endémico de que padece, a exigir uma justiça mais célere e justa, umas finanças atentas e cumpridoras, enfim, a ganhar consciência e lucidez sobre os seus desígnios.


Jacques Amaury, sociólogo e filósofo francês, professor na Universidade de Estrasburgo.