domingo, 19 de abril de 2020

A Traição do 25 de Abril. Descolonização comunista

Moçambique é para sempre, na minha memória, o paraíso maravilhoso que o português ali construiu, feito de felizes viveres, a brancos e pretos, amarelos e indianos, mistos e outros, em cidades maravilha onde viviam sociedades multi étnicas em paz e felicidade como Lourenço Marques, Beira, Quelimane, etc.. e as suas ilhas feitas de sonhos tropicais.
Apresentei-me no Batalhão de Paraquedistas 31, BCP 31, na Beira em Fev74, já com 3 anos de guerra de Angola; levava comigo de Portugal a informação das reuniões dos capitães preliminares do 25Abr74, em que tinha tomado parte, vestido eu de políticas inocências, purezas e outras madurezas enfim, singelezas de mim.O Comandante do 31 era um senhor peculiar em zangas permanentes com o seu ego e a vida, no acto da minha apresentação perguntou-me:-
“Vem por imposição ou voluntário?”, “Voluntário” digo eu, responde ele “Talvez se arrependa”, pensei “Estou feito...”, mas enfim, ossos do ofício, o oposto de Angola, onde reinava a absoluta normalidade na cadeia de comando.  Passei a informação sobre o movimento dos capitães e fui cumprir uma curta missão a Lourenço Marques, monitorar um curso de queda livre para civis em aviões FAP,, e depois regressei.
Nomeado Comandante da 1ª CCP, em substituição do meu impagável amigo Capitão Monteiro, avancei com a Companhia para Vila Paiva de Andrade, na Gorongosa. O 25Abr74 apanhou-me ali, o Administrador de Posto trouxe tal notícia ás 5 da tarde, tinha um ar fúnebre... e fúnebres ficaram o Comandante do Batalhão do Exército e seus oficiais, que eu ali reforçava, estranhei tal nos meus 26 anos, virgens de políticas. Reuni a Companhia para informação, informei e terminei com a afirmação da minha profunda e gongórica ignorância política: -
“Agora, com o General Spínola á frente dos destinos do País, vamos fazer a guerra a sério, e vamos acabar com isto, rapidamente.”
Constava-se que o dito cujo General, mais tarde Marechal, era um grande Cabo de Guerra, mas era sobretudo teatro e teatral e nada mais afinal!  Dia 30 de Abril, a minha companhia saiu para operações, foi emboscada, sofremos um morto, o infeliz e inesquecível Furriel A. Silva, e um ferido grave; era a guerra e a sua lógica de fatalidades; continuámos com a actividade operacional normal.  Entretanto, de Portugal iam chegando notícias do 25Abr, vagas, dispersas.
Um dia os meus alferes e sargentos, urgentes, solicitaram uma reunião comigo e o Alferes Ledo, afoito transmontano, perguntou-me: -
“Meu Capitão, ouvimos na rádio que vai haver contactos e conversações com a FRELIMO com vista á Independência, assim sendo, a partir de hoje, o Senhor explique-nos quais as razões Pátrias, para morrerem mais paraquedistas na guerra, como aconteceu ao Furriel Silva?”
Triste e crítico, foi dos piores momentos da guerra para mim, de repente e de chofre, sou colocado perante a destruição irreversível do MORAL das tropas portuguesas, quinze dias pós Abril74. A vontade de combater e morrer em defesa de Portugal, tinha acabado de ser assassinada na alma de todos os militares, paraquedistas ou não, e foi. Nesses momentos, não há retórica que valha contra os factos e eu disse apenas: 
“Esta Companhia vai continuar a cumprir todas as ordens e missões que recebermos via hierarquia, independentemente de tudo; quando recebermos ordens para terminar a actividade operacional, fá-lo-emos, até lá cumprimos, entendido?!”
Entendido e cumprido religiosamente até â Independência, data em que fui para Angola, voluntariamente. Mas, a quebra do Moral das tropas espalhou-se Moçambique fora e em Omar, Cabora Bassa, etc… onde militares do Exército, ora entregavam as armas à Frelimo, mal estes apareciam, ora se entregavam a eles próprios. O caso em Moçambique, duma companhia do Exército sediada no Norte, em Omar, foi o mais brutal, o mais cobarde e traidor de todos os conhecidos.
Em tal caso, 120 militares portugueses pediram à Frelimo por telefone, para virem ao seu quartel para se renderem eles e as armas… a Frelimo veio e prendeu-os a todos, levaram-nos para a Tanzânia, Dar-es-Salam, onde andaram a ser exibidos nas ruas como animais de circo… como derrota de Portugal e a vitória da Frelimo... foram libertados em meados de Setembro. Foi um incidente pré planeado pelo PCP e afins mais o MFA, e executado por militares infiltrados naquela companhia com tal propósito, para forçarem a entrega de Moçambique sem pré-condições.
Está aí o relato: -
2 de Agosto de 1974, Tanzânia, Dar-es-Salam, Hotel Kilimanjaro, quarto 602  Neste local decorreu uma reunião, clandestina e ilegal, em que esteve presente um grupo de militares portugueses constituído pelo Major Melo Antunes e mais uns poucos elementos do MFA, sem qualquer delegação, autorização e até sem conhecimento do Governo Português ou do Presidente da República; representavam apenas o MFA. Foi este grupo clandestino de militares do MFA, que estabeleceu os termos irreversíveis do posterior acordo de Lusaca para a independência de Moçambique, contra aquilo que o Presidente da República tinha determinado, e colocou Portugal perante um facto consumado sem saída e, fê-lo intencionalmente.
A reunião começou com Samora Machel a dizer: -
“E agora oiçam esta gravação…”
Samora sabia que aquilo que se ia ouvir ia forçaria os termos do acordo de Lusaca em 07 Set 75. No gravador começa a rodar a cassete, e ouvem-se vozes, vozes em português. Vozes que se identificam como sendo de militares portugueses, colocados numa base situada no norte de Moçambique, junto à fronteira com a Tanzânia, a Base do Exército em Omar. À medida que a cassete avança o constrangimento entre os MFA´s que representaram ilegalmente Portugal cresceu:
Frelimo: - “Vocês quem são? (Veio a identificação.)
–E querem entregar-se porquê?
Militares de Omar: - Porque é hoje o dia! Porque vocês são os libertadores da nossa Pátria! Queremos entregar-vos as nossas armas!
Os vivas à Frelimo repetem-se!”
O comandante Almeida e Costa, presente nesta reunião, recordou que Melo Antunes se levantou e desabafou :-
"Merda, assim não se pode fazer nada”.
Foi teatro, ele sabia de tudo, foi por isso que lá foi clandestinamente, o caso de Omar serviu apenas para justificar em Portugal as cedências à URSS / Frelimo e para isso o planearam e executaram: - Este encontro que começou a 31 de Julho de 1974, em Dar-es-Salam, estava inquinado desde o princípio.
No seu livro, “País sem Rumo”, o General Spínola afirmou que tal encontro decorreu sem a sua autorização e sem o seu conhecimento, enquanto Presidente de Portugal, dizendo: -
“O Major Melo Antunes, então Ministro sem Pasta, deslocou-se, sem meu conhecimento, a Dar-es-Salam para, à margem de qualquer política concertada com a Presidência da República ou com os Ministros dos Negócios Estrangeiros [Mário Soares] e da Coordenação Interterritorial [Almeida Santos], estabelecer um plano de entrega de Moçambique à Frelimo, plano que viria a concretizar-se numa proposta inicial a que ele desde logo aderiu e que representava a abdicação total perante o inimigo por nós próprios tornado poderoso.”
Na reunião seguinte, essa autorizada pelo Presidente da República, que teve lugar logo em 15 e Agosto, em Dar-es-Salam, Almeida Santos refere que Spínola exigiu que a delegação da Frelimo apresentasse desculpas à delegação portuguesa por aquilo que sucedera em Omar, como condição para se iniciarem conversações. E aqui temos mais um relato, que confirma a miséria de Omar, este feito por Almeida Santos: -
“Assim fizemos. Mas, com surpresa nossa, Samora Machel começou por pretender desconhecer do que estávamos a falar:”
Samora Machel: - Emboscada de Omar?! Uma companhia aprisionada?!
Por fim fez-se luz no seu espírito:
Samora Machel:- O quê? Aquela “entrega” dos vossos soldados?
E voltando-se para um qualquer assessor da sua delegação: – Traz a cassete… “Cassete? Íamos de surpresa em surpresa. Mas a verdade é que a misteriosa cassete veio, foi por nós ouvida, e ouvi-la ficou a constituir uma das maiores humilhações por que terá passado a delegação de um país. O que nós ouvimos foi o registo sonoro de uma “entrega”, não apenas voluntária, mas insistentemente solicitada.”
Frelimo: - Vocês quem são? (Veio a identificação.)
– E querem entregar-se porquê?

Militares portugueses: - Porque é hoje o dia! Porque vocês são os libertadores da nossa Pátria! Queremos entregar-vos as nossas armas!
Almeida Santos: - Não garanto a exactidão das palavras – cito de memória –, mas asseguro o sentido delas.
Seguiram-se os abraços, o “pega lá a minha arma, meu irmão”, etc., etc.
É claro que não havia lugar a exigência de desculpas. Limitámo-nos a pedir uma cópia da cassete para em Lisboa documentarmos isso mesmo.
Foi, pois, este Major Mello Antunes o 1º responsável do processo descolonizador de Moçambique tal como decorreu, ao arrepio do Governo e do Presidente da Republica General Spínola e exclusivamente pró URSS. Foram incontáveis os casos de cobardia induzida e humilhação Pátria, indescritíveis, recordo um Pelotão do Exército que içava a bandeira nacional, Fingoé, se não me engano, apareceu a Frelimo, esta exigiu que a bandeira fosse retirada, calcaram-na, rasgaram-na e levaram as armas; reacção dos militares, zero, demissão total.
Várias unidades do Exército, manipuladas por agitadores intestinos politizados, fugiram e abandonaram os aquartelamentos… outros prenderam os comandantes que pretendiam continuar a presença de Portugal com um mínimo de dignidade.
Em 14 anos de guerras nada disto acontecera; foi consequência única, exclusiva e imediata da quebra do Moral e da infiltração nos batalhões do Exército de submarinos treinados do PCP, com estas instruções de rendição.
Os mesmos heróis revolucionários que, como o Major Melo Antunes, premeditadamente tinham colocado as intenções de descolonizar nos média, e que, consequentemente, provocaram a quebra total do Moral das tropas, usaram depois esses casos como o de Omar e outros por eles provocados e até dirigidos, para alegarem que o Exército Português estava derrotado e destroçado, sem vontade de combater e justificaram assim a urgência da descolonização, que foi uma mera fuga, ordenada pela URSS, via seus acólitos políticos em Portugal e não só.
Tudo foi cientificamente planeado e executado; 500 anos de História e o sacrifício e trabalho de milhões de gerações de portugueses, foram-se nos ventos da revolução, num ano e meio. O descolonizador chefe foi de facto o Major Mello Antunes, apoiado pelo MFA e com a autoridade e a força de ser o testa de ferro do PCP dentro do MFA, era tido como pessoa culta e inteligente... mais tarde disse da descolonização :-
“Foi a descolonização possível… a melhor possível “
Hipocritamente tinha sido ele que, politica e militarmente, dirigido pelo PCP, mais fez para criar as condições para que assim fosse.
Mas culpabilizou as políticas e as forças armadas, acusando-as de estarem desmoralizadas, derrotadas e como tal, houve que “Descolonizar em força e já!” avaliou-as por si próprio, amedrontado e etilizado lá por Ninda em 70, como eu o vi.
Foi assim o inicio da descolonização que eu vivi, no terreno onde aconteceu.
Como militar, tinha aprendido nos bancos da Academia Militar, que o Homem e o seu Moral, eram as armas fundamentais e a espinha dorsal de qualquer exército e que sem elas, nada feito.
Mas só face ás circunstâncias concretas se percebe a dimensão de tal verdade.
José Luiz da Costa Sousa.
Capitão Paraquedista

domingo, 12 de abril de 2020

Cenas que deviam indignar o individuo comum.

A forma como o jornalismo português retrata a realidade americana, não é jornalismo. Não é informação, é desinformação. Não há uma única noticia sobre os EUA ou sobre Trump, em que não haja uma tentativa subjacente de satirizar ou ridicularizar o presidente dos EUA. Algumas vezes adulterando o conteúdo de forma intencional, como por exemplo cortando parte do seu discurso (como fizeram com a questão da projecção dos cem mil mortos), ou privilegiando umas noticias em detrimento de outras, ou usando noticias verdadeiras para vender percepções erradas. Já vi de tudo. Independentemente de se gostar, ou não dele, há que exigir seriedade ao jornalismo.

Eu também seria capaz de realizar um noticiário sobre Trump de uma perspectiva completamente diferente e só com verdades que vocês nunca vão ouvir falar, querem ver?
- O Trump ordenou que os EUA ajudassem a Itália, com pessoal militar, envio de provisões, etc.. Os EUA já tinham doado (não é emprestado como a "ajuda" europeia, é doado mesmo) 210 milhões de dólares aos países mais afectados pela pandemia. Já agora, alguma vez a Europa ajudou os EUA em alguma coisa?
- Em Portugal o nosso grande estadista António Costa paga 6,4 euros/hora aos enfermeiros na luta contra o COVID. Trump aumentou os ordenados aos profissionais de saúde que lidam com o COVID 2000 dólares e aos restantes, 1000 dólares;
- Em Portugal vocês testam para o COVID hoje de manhã, mas só sabem o resultado amanhã. Nos EUA testam agora e sabem o resultado daqui a 5 minutos. Ah e completamente gratuito o teste;
- Os EUA firmaram acordos com várias empresas, onde só a General Motors prevê a produção de 30 mil ventiladores até Agosto. Portugal inteiro relembro, tinha 1200 ventiladores. Os EUA contam já no final deste mês começar a exportar ventiladores e demais equipamento médico para o resto dos países;
- No pacote de ajuda americana às empresas e às famílias, durante esta emergência, Trump quer dar directamente cheques acima de mil euros a cada americano;
- Os EUA tem sensivelmente o mesmo número de infectados que Portugal, por milhão de habitante;
- Numa fase inicial Trump desvalorizou a doença, é certo. Sabem um país que provavelmente desvalorizou mais a doença que Trump, numa fase inicial? Portugal.

Isto podia ser um noticiário inteiro sobre os EUA, afinal, são apenas verdades. É preciso alguma coragem para escrever qualquer coisa relacionada com Trump, provavelmente 99% da população portuguesa não gosta do homem, fruto desse mesmo jornalismo. Aliás, este post não se destina a defender alguém, destina-se apenas a dar contraditório.
Uma coisa eu garanto, um sítio para onde os portugueses continuarão a emigrar, à procura de melhores condições de vida, são os EUA. Algo que os devia fazer reflectir, afinal de contas, saem de um país governado por um grande estadista como o António Costa (a fazer fé na nossa comunicação social) e vão para um país que tem como líder um tipo como o Trump. Esquisito.


Cristiano Santos no se Facebook

segunda-feira, 6 de abril de 2020

A falência dos dois modelos politicos dominantes

A disseminação galopante do COVID-19, transformada em pandemia global, foi sobretudo potenciada por dois factores, ambos com natureza ideológica e que terão de ser afincadamente denunciados, porque, no final de tudo isto, terão de ser definitivamente colocados em cheque levando a uma mudança de paradigma:

1 - Sem a religião do “globalismo” com o seu cânone das fronteiras abertas, da livre circulações de migrantes e do turismo de massas, este vírus nunca se teria disseminado desta forma e a esta velocidade. Isto é incontestável! O estado pandémico foi rapidamente atingido por causa da incapacidade de restringir a circulação massiva de pessoas entre nações e da incapacidade dos países controlarem as suas fronteiras. Essa incapacidade foi gerada pela adesão ideológica à ideia de que as fronteiras devem permanecer sempre abertas e as pessoas devem poder circular livremente entre Estados, numa espécie de fanatismo religioso que levou ao atraso na tomada de decisões,(...)

2 - Ligado a isto ficou também evidenciado “à outrance” a dependência em que o mundo, e em especial a Europa, se colocou face à China para efeitos de produção industrial. A lógica da economia liberal globalizada, com as suas deslocalizações em função dos custos mais baixos, e a promoção da ideia de que não é importante haver empresas detidas por capital nacional, não poderia ter outro desfecho que não este: numa situação de catástrofe ficámos completamente dependentes de uma China que se tornou a fábrica do mundo e cujas empresas obedecem a uma estratégia geopolítica estatal de conquista mundial. (...). A necessidade de quebrar as excessivas dependências económicas globais, de ter empresas estratégicas detidas por nacionais e de voltar a ter capacidade produtiva e industrial, ficou colocada a nu com esta pandemia.

O que esta pandemia veio mostrar foi portanto a falência de dois modelos políticos dominantes no Ocidente: o da esquerda globalista das migrações massivas e o da direita liberal do capital sem pátria.

Sabemos, contudo, que os partidários da globalização e seus financiadores, procurarão aproveitar estes acontecimentos para tentarem reforçar a sua agenda, com o engodo de que as soluções passam por mais interdependência global. Não deixaremos que reescrevam a história, temos memória e estaremos cá para lhes lembrar que foram as suas ideias que alimentaram o problema. Só o conhecimento deve circular livre globalmente.

Rodrigo Penedo

sábado, 4 de abril de 2020

Ivermectina cura o COVID19.

A ivermectina é um medicamento muito comum usada para tratar vários tipos de parasitas em humanos e animais em todo o mundo. 
Geralmente é muito seguro, bem tolerado e barato também.

Várias pesquisas demonstraram que a ivermectina também pode ajudar no tratamento de vírus, incluindo vírus de RNA, como HIV, gripe e dengue.

A ivermectina já está ser usada para tratar com sucesso o coronavírus.
Pode mesmo ser usado profilaticamente para reduzir os riscos já potencialmente expostos.

Parece oportuno que os profissionais do corpo médico experimentarem o uso deste fámaco, pois as contra indicações são minimas e a recompensa é potencialmente alta. 
Especialmente porque está disponível em qualquer lugar fora das nações ocidentais, mesmo em lugares muito remotos ou rurais, onde os medicamentos para tratamento do COVID19, actualmente em teste, são muito mais difíceis de encontrar. Qualquer veterinário terá uma tonelada deste produto.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

A esquerda italiana quer fronteiras abertas sem restrições

À medida que o surto de coronavírus se espalha pela Europa e os países consideram medidas para impedir a disseminação do vírus, o ex-ministro do Interior italiano Marco Minniti defende a abertura da fronteira ao afluxo de migrantes da África.

Minniti, actualmente parlamentar do Partido Democrata de esquerda, um dos partidos de coligação do governo, pediu ao partido que continue a livrar-se dos decretos de migração aprovados na época em que Matteo Salvini era o ministro do Interior e que controlava a entrada sem controle de refugiados em Itália.

Em 2018, Salvini conseguiu descartar a permissão de residência de protecção humanitária por meio de decretos de migração e segurança promulgados pelo ex-governo.

A permissão anterior permitia que aqueles que não eram qualificados para asilo permanecessem no país por razões humanitárias. No entanto, Minniti quer que os decretos de Salvini, que permitiram a entrada de migrantes no país, sejam eliminados.

Actualmente, o número de pessoas infectadas com o coronavírus na Itália ultrapassou os 900 mil casos. Portanto, o plano de permitir a entrada de mais refugiados no país, com a possibilidade de permanecer legalmente lá, provocou raiva entre muitos italianos, incluindo Salvini.

“É essencial que a partir de hoje, quem entre em Itália por qualquer meio de transporte, do barco ao avião, seja verificado. E se vier de algumas áreas, ficará isolado por quinze dias. Como outros países, ”disse Salvini.

Minniti tem uma visão diferente sobre o assunto.

“Esses decretos devem ser profundamente alterados porque criaram condições para uma profunda insegurança. A entrada é obrigatória: precisamos voltar a acolher amplamente e restaurar a proteção humanitária ”, disse Minniti, solicitando ao governo que aceite mais refugiados por caminhos legais.

“A protecção humanitária mantém as pessoas legais, impede que sejam vítimas do crime. A integração não é uma reflexão de caridade, mas é o coração das políticas de segurança ”, acrescentou Minniti.

No domingo, Salvini pediu ao primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, que renuncie "se ele não conseguir defender a Itália e os italianos".

As críticas de Salvini seguiram a decisão do governo de permitir que 276 migrantes africanos atracassem e desembarcarssem em Itália.

‘O governo subestimou o coronavírus. Permitir que os migrantes desembarquem vindos de África, onde a presença do vírus foi confirmada, é irresponsável ”, disse Salvini durante uma conferência de imprensa organizada em Génova.

África enfrenta séria ameaça de coronavírus

Enquanto isso, a pesquisadora Vittoria Colizza disse que, junto com outros pesquisadores, está muito preocupada com a disseminação do coronavírus na África, já que países como Nigéria, Sudão ou Angola não possuem infraestrutura médica suficiente para conter o surto de coronavírus.

A Organização Mundial da Saúde instou a África a preparar-se para os casos de coronavírus.

O coronavírus não é a única doença que pode se espalhar através da migração e das viagens. Preocupações com doenças infecciosas foram levantadas no passado, com refugiados sírios e outros relatados como portadores de várias doenças.

De acordo com um estudo publicado na Travel Medicine and Infectious Disease, "a leishmaniose foi a doença infecciosa mais frequentemente relatada" para os refugiados sírios.

“Além disso, foi relatada a colonização por bactérias Gram-negativas resistentes a medicamentos. Nos migrantes eritreus, a doença infecciosa mais descrita nos artigos selecionados foi a febre recorrente transmitida pelo piolho. Outras doenças infecciosas freqüentemente relatadas foram sarna e malária por Plasmodium vivax ”, continuou o relatório.

Remix News