Em média, 16 dos 230 deputados com
assento na Assembleia da República (7%) faltaram a cada uma das reuniões
magnas da última sessão legislativa, num total de 1.634 ausências entre
16 de Setembro de 2013 e 25 de Julho.
De
acordo com dados da Assembleia da República e tendo em conta os
parlamentares actualmente em funções, os partidos mais representados
tiveram deputados menos assíduos nesta terceira sessão legislativa -
reflexo também da quantidade superior de mandatos. (JN)
O que acontece a um simples empregado que não se apresenta ao serviço?
O trabalhador que decide não aparecer no horário de expediente?
Numa
primeira fase será administrativamente repreendido, chamado ao gabinete
do chefe para ouvir das boas, e, os dias de ausência laboral serão
certamente descontados do salário.
É mais ou menos este o procedimento.
Nem sequer estou a considerar o despedimento com justa causa ao fim de um número assinalável de faltas.
É assim que funciona o mercado laboral,o conceito de emprego e assiduidade no trabalho.
E o que sucede na Assembleia da República?
Existe um conjunto de justificações que pode servir os deputados.
Esta é especialmente simpática: (...) "O
n.º
4 do mesmo artigo estipula que, “em casos excepcionais, as dificuldades
de transporte podem ser consideradas como justificação de faltas”.
Segundo as contas do "centro de emprego do parlamento", o deputado João Soares é o mais faltoso de todos.
Mas deixemos em paz o filho do pai da democracia em Portugal.
Ele não é melhor nem pior que os
outros colegas.
No meu entender a solução é simples.
Não aparece, não recebe.
Ponto final.
Não
sei por que razão os deputados devem merecer tratamento discriminatório
positivo - apresentam um atestado assinado pelo encarregue de educação
política e fica tudo resolvido?
É isso?
Não.
Se
não contribuem para a produção legislativa e não estão presentes na
Assembleia da República, acho que devem explicar muito bem a "missão
parlamentar" e o "trabalho político" levados a cabo fora de portas.
Porque como em tudo na vida há bons e maus.
Tidos e achados.
Perdidos.
Pagos por cada um de nós.
John Wolf, no Estado Sentido
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