segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Plenários da Assembleia da República tiveram média de 16 "faltosos" por sessão

Em média, 16 dos 230 deputados com assento na Assembleia da República (7%) faltaram a cada uma das reuniões magnas da última sessão legislativa, num total de 1.634 ausências entre 16 de Setembro de 2013 e 25 de Julho.

De acordo com dados da Assembleia da República e tendo em conta os parlamentares actualmente em funções, os partidos mais representados tiveram deputados menos assíduos nesta terceira sessão legislativa - reflexo também da quantidade superior de mandatos. (JN)

O que acontece a um simples empregado que não se apresenta ao serviço? 
O trabalhador que decide não aparecer no horário de expediente? 
Numa primeira fase será administrativamente repreendido, chamado ao gabinete do chefe para ouvir das boas, e, os dias de ausência laboral serão certamente descontados do salário. 
É mais ou menos este o procedimento. 
Nem sequer estou a considerar o despedimento com justa causa ao fim de um número assinalável de faltas. 
É assim que funciona o mercado laboral,o conceito de emprego e assiduidade no trabalho. 

E o que sucede na Assembleia da República? 
Existe um conjunto de justificações que pode servir os deputados. 
Esta é especialmente simpática: (...) "O n.º 4 do mesmo artigo estipula que, “em casos excepcionais, as dificuldades de transporte podem ser consideradas como justificação de faltas”.  

Segundo as contas do "centro de emprego do parlamento", o deputado João Soares é o mais faltoso de todos. 
Mas deixemos em paz o filho do pai da democracia em Portugal. 
Ele não é melhor nem pior que os outros colegas. 
No meu entender a solução é simples. 
Não aparece, não recebe. 
Ponto final. 

Não sei por que razão os deputados devem merecer tratamento discriminatório positivo - apresentam um atestado assinado pelo encarregue de educação política e fica tudo resolvido? 
É isso? 
Não. 

Se não contribuem para a produção legislativa e não estão presentes na Assembleia da República, acho que devem explicar muito bem a "missão parlamentar" e o "trabalho político" levados a cabo fora de portas. 

Porque como em tudo na vida há bons e maus. 
Tidos e achados. 
Perdidos. 
Pagos por cada um de nós.

John Wolf, no Estado Sentido

Sem comentários: