segunda-feira, 15 de junho de 2009

Os Heróis da "chincha",de amanhã.

Emanuel Mesquita,
David, Rodrigo, Sandro, Tomás, Gonçalo
Luis, Bernardo, Joãozinho, Pedro, André, e Ruxa.
Faltam nesta fotografia, o Diogo Calila e o João Paredes, que com a sua contribuição, também ajudaram, e muito.Um grande abraço para os dois.
Reparem ainda, o ar de desilusão,do jogador do benfica, no lado direito, por não poder fazer parte da equipe dos Azuis de Belém

Porque a mim me toca, a dobrar, este é um assunto, que não posso deixar de lucubrar.

Se há dois anos me dissessem que hoje, estaria envolvido neste fantástico mundo novo da descoberta das potencialidades futebolísticas dos "Kaninas", eu rir-me-ia na cara de quem tal me estivesse a sugerir. Mas de facto aqui estou, semana após semana, treino após treino, jogo após jogo, cada vez mais mergulhado, cada vez mais inebriado, com o perfume do futebol dos mais novos. Como diria o Pedro Brás, deixem-me babar...

Daí a foto acima. A equipe, das Escolas A do Belenenses, carinhosa e competentemente liderada pelo Mister Emanuel Mesquita, fez todos os jogos, do campeonato distrital de Lisboa, sem perder um único jogo. E foram muitos. Acabou depois por claudicar na fase final, frente ao Sporting, e ao Benfica, cada um com "truques", e trunfos, que não estão ao alcance do clube da Cruz de Cristo.

Mas, isso são contas de outro rosário. Aqui, quero deixar, para a posteridade, a imagem de vencedores, com um futuro enorme dos nossos queridos "Pastéis de Belém".

Ano após ano, surgem novos craques no futebol português. Olhando só para as últimas duas décadas, tivemos a fase de virtuosos como Rui Costa e João Pinto, de médios tacticamente perfeitos como Paulo Sousa, de extremos desequilibradores como Luís Figo.

Houve também centrais fortes como Fernando Couto e Jorge Costa, antes de uma nova fornada de jogadores de ala, como Simão, Quaresma, Nani, e a cereja de ouro no topo do bolo.O melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo de seu nome.

E como são os novos craques?

Uns são avançados (como o benfiquista Nélson Oliveira e o sportinguista Wilson Eduardo), outros médios (como os portistas Diogo Viana e Josué, o benfiquista David Simão e o sportinguista Diogo Rosado). Todos têm em comum o facto de fazerem habitualmente parte das convocatórias da selecção sub-19.

São jovens com 18 e 19 anos, quase no fim do processo de formação e prestes a entrar na luta por um lugar nas equipas principais. Muitos deles já têm contratos profissionais, ganhando salários que podem atingir os dois mil euros mensais. Jogadores como Diogo Rosado e Wilson Eduardo têm mesmo cláusulas de rescisão de 20 milhões de euros, sendo já representados por empresários, como o israelita Pini Zahavi.

Como tantos outros no passado, muitos destes jovens deixaram a casa dos pais bem cedo.

Nélson Oliveira viajou de Barcelos para Lisboa, de modo a jogar pelo Benfica. A aventura deste avançado de futuro começou no Santa Maria (de Barcelos), prosseguiu no Grupo Bairro da Misericórdia e no Sporting de Braga. Foi aí que, aos 14 anos, despertou o interesse dos "grandes". Foi cobiçado por FC Porto, Sporting e até Chelsea. Preferiu o Benfica, o clube do coração, com o qual já tem contrato profissional e onde já foi chamado à equipa principal por Quique Flores.

David Simão é outro dos artistas na Luz, embora quem lhe aponte qualidades também recorde que ainda lhe falta algo na disciplina táctica e na entrega ao jogo. Mas o talento deste canhoto já lhe valeu a assinatura de um contrato profissional e a cobiça de grandes clubes europeus.

Diogo Rosado também já trabalhou com Paulo Bento na equipa principal do Sporting e aspira a integrar o plantel sénior. Aos 11 anos, deixou Peniche e mudou-se para Alcochete, onde é comparado a Guti, jogador do Real Madrid. Foi dele o golo que deu ao Sporting o título de campeão nacional de juniores na época passada.

Alguns têm mesmo histórias cruzadas. Wilson Eduardo, que é uma espécie de Liedson dos juniores do Sporting, jogou primeiro no FC Porto, mas mudou-se para Lisboa com a mãe e o irmão, transferindo-se para o Sporting.

Diogo Viana fez o caminho inverso. Natural de Lagos e atleta do Grupo Desportivo do Burgau, aos 11 anos foi convidado pelo Sporting, clube que o conservou durante sete anos (ao serviço dos "leões" foi campeão sub-17 e sub-19).

Paulo Sousa, recém-estreado na selecção de sub-16, deu por ele em 2005 e o FC Porto quis que o goleador, fã de Ricardo Quaresma, fosse englobado no negócio de Hélder Postiga para Alvalade. Jesualdo Ferreira lançou-o na Taça da Liga contra o Vitória de Setúbal, ao mesmo tempo que Josué, outra das pérolas do Dragão, já com contrato profissional.

Dinis também se separou da família cedo, aos 14 anos. Tinha começado no atletismo com oito anos e passara toda a sua vida em Monção. O Vitória de Guimarães recrutou-o, pagou casa, roupa e comida e apostou num atleta em bruto, moldando-o passo a passo. Dois anos depois, surgiu com naturalidade a estreia na selecção.

Curiosamente seria Paulo Sousa o responsável pela convocatória para os sub-16. "Não me lembro muito de o ver jogar", confessou Dinis, que, aos 19 anos, é apontado como exemplo no posicionamento em campo. Tem Pirlo como ídolo e tem na qualidade de passe e no porte físico as principais armas.

Em Guimarães, mora também Lucas, um "carioca" que chegou a Portugal com 11 anos. Trata-se de um ponta de lança de área como há poucos em Portugal. Muito bom no jogo aéreo, Lucas Klysman destaca-se pela entrega e pela coragem na hora "H".

Fonte:Nelson Garrido, Publico

1 comentário:

effetus disse...

Boas, Vicky!
Fantástico!

E não sabia que tinhas um blog.
Pois é... eu também tenho. Se quiseres ir lá espreitar, o endereço é http://effetus.blogspot.com.
Grande abraço!
Tony.