sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Valentim Loureiro. O exemplo perfeito do dirigismo "corruptonacionalista".

Valentim dos Santos de Loureiro (Calde, 24 de Dezembro de 1938) é um empresário, político e é, dirigente desportivo.

Frequentou o curso de Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, sem o terminar.

Juntou-se ao exército sobre o regime salazarista e, anos depois, foi julgado e condenado em tribunal militar por andar a vender munições ao PAIGC que, alegadamente, matavam os nossos soldados na Guiné.

Foi também condenado por roubar as rações do exército para lucro próprio (ficando posteriormente conhecido por muitos como o "Capitão Batatas" ). Isto porque estava no aprovisionamento militar e desviava géneros e bens alimentares para vender por fora.
Foi expulso, com desonra, do exército.

Foi, depois do 25 de Abril, readmitido e promovido a Major pelo Conselho da Revolução.

Desviou, alegadamente, 40.000 contos ao BCP com uma transacção com um cheque em dólares americanos sobre um banco que não existia.

Actualmente, é cônsul "honorário" da Guiné-Bissau e tem usado esse título para, alegadamente, falsificar certidões de nascimento de jogadores e potenciais jogadores de futebol que compra e vende numa tipologia de negócio pouco digna.

Distinguiu-se como dirigente desportivo, tendo sido presidente do Boavista F.C. entre 1972 e 1995 e presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) até Agosto de 2006.
Foi presidente da Assembleia Geral na mesma instituição.

Na política, foi militante do Partido Social-Democrata, tendo sido presidente da Comissão Política Distrital do PSD/Porto.
Assumiu um papel activo quando em 1993 aceitou ser candidato à Presidência da Câmara Municipal de Gondomar, vencendo as eleições desse ano, e as de 1997 e 2001.

Após ser desfiliado do PSD por ser acusado de práticas ilícitas enquanto autarca, venceu novamente as eleições de 2005, com a lista independente «Gondomar no Coração», que alcançou 57,5% dos votos.

Foi ainda Presidente da Junta Metropolitana do Porto, entre 2001 e 2005 e Presidente do Conselho de Administração da Empresa Metro do Porto, S.A.

Em Julho de 2008 foi sentenciado a 3 anos de prisão suspensa, no âmbito do processo judicial conhecido como Apito Dourado.

Foi recentemente condecorado com a Grã Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, motivos que alegam os seus "serviços relevantes a Portugal, no país e no estrangeiro, pelos serviços de expansão da cultura portuguesa, sua história e seus valores".
Um gesto subjectivo da parte de alguns, tendo em conta o historial negro do indivíduo.

Pelos Portugueses é considerado uma vergonha Nacional, mas infelizmente pela classe politica que temos é um herói em virtude de pertencer à corja de políticos que temos, isto nada abona a favor do nosso país e mostra que somos um povo passivo que nada faz para o seu próprio bem futuro.
"Há um século atrás, ou num país digno, seria no mínimo, a forca..."

1 comentário:

Maria da Fonte disse...

O que dói mais, não é a Comenda, que só por si já é um insulto a Portugal e à Memória do Infante Dom Henrique, e dos nossos maiores.
O que dói mais é esta coisa, ter sido condecorada, pelo seu trabalho a favor da expansão da Cultura, da História e dos Valores de Portugal.

Como é possível descer-se tanto?
Como é possível assistirmos a este nojo, e não fazermos nada?!

Como podemos continuar a olhar os nossos rostos no espelho, e não sentir VERGONHA?

Maria da Fonte