quinta-feira, 31 de março de 2011

Sócrates, um antipático contra todos.

A gritaria que se instalou entre os boys xuxialistas, após o chumbo do PEC 4, sob a batuta dessa personagem maléfica, de seu nome sócrates, e que tantos dissabores nos tem causado, é bem sintomática da desonestidade do actual partido socialista. Ao votarem, com mais de 90% na reeleição do seu caudilho, demonstram á sagacidade, e á sociedade, o quanto são acéfalos, sem ideias próprias, e sobretudo o desinteresse que têm pelo bem estar dos Portugueses.

Governaram nos últimos treze anos, seis dos quais, com sócrates ao leme. O resultado está á vista de todos, excepto da pandilha xuxialista. Os culpados do estado de falência a que Portugal chegou, não é deles, é da oposição...pasme-se. Dá-me vómitos só de ouvir as acusações feitas por estes "putos" desonestos. Devem pensar que somos todos mentecáptos como eles...

O jornal espanhol ABC, on line, num artigo com o titulo "Un antipático contra todos" começava dizendo:

"El primer ministro portugués se parece a un conductor que avanza a toda velocidad por la autopista en dirección contraria, convencido que son todos los demás automovilistas los que se equivocan. "

Eu não faria melhor comparação.

É com grande tristeza e frustração, que assisto, impotente, á degradação desta Nação, que outrora foi valente. Mas o que mais me entristece é ver que as sondagens efectuadas a semana passada, ainda dão cerca de 30% de votos, ao PS, e consequentemente a sócrates...está tudo doido ?!?!?!, ou serão parte dos tais, que vivem a sombra da bananeira xuxialista, remunerados com salários brutais, e com reformas douradas?????

Por isso é que eles gritam e atiram as culpas para cima dos outros.

Há ainda o caso recente da tentativa de ocultação das contas publicas, do travão, à auditoria das mesmas. Sobre isso, reproduzo o artigo publicado no Mente Livre.

O título principal do Expresso de hoje prova que há grandes probabilidades da situação financeira de Portugal ser bem pior do que aquilo que já se conhece. Este travão à auditoria das contas públicas por Cavaco e Bruxelas demonstra que se fosse dado conhecimento aos Portugueses e ao mundo da total realidade das contas públicas havia o risco de um estado de choque que agravaria significativamente os juros e punha a nu a necessidade de resgate nacional em situação bem mais gravosa.

O único beneficiário desta ocultação da verdade é Sócrates, assim este pode propagandear o que lhe convém, desgastando as alternativas, para assim se esforçar a não largar o poder em Portugal. Aliás, se as contas públicas estivessem melhores do que se suspeita, era o próprio Primeiro-ministro demissionário que pediria esta auditoria, pois tal seria o melhor trunfo eleitoral que poderia apresentar ao País.

Infelizmente, até Sócrates tem medo de pedir uma auditoria às contas públicas de Portugal… e ainda tem o desplante de acusar os outros e candidatar-se a Primeiro-ministro depois do descalabro a que conduziu o País.

segunda-feira, 21 de março de 2011

A Caixa Geral de Depósitos, participa no saque, sob a protecção de Sócrates

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer corar de vergonha os administradores - principescamente pagos - daquela instituição bancária.

A carta da CGD começa, como mandam as boas regras de marketing, por reafirmar o empenho do Banco em oferecer aos seus clientes as melhores condições de preço qualidade em toda a gama de prestação de serviços, incluindo no que respeita a despesas de manutenção nas contas à ordem.

As palavras de circunstância não chegam sequer a suscitar qualquer tipo de ilusões, dado que após novo parágrafo sobre racionalização e eficiência da gestão de contas, o estimado/a cliente é confrontado com a informação de que, para continuar a usufruir da isenção da comissão de despesas de manutenção, terá de ter em cada trimestre um saldo médio superior a 1.000 €, ter crédito de vencimento ou ter aplicações financeiras associadas à respectiva conta.

Ora sucede que muitas contas da CGD,designadamente de pensionistas e reformados, são abertas por imposição legal. É o caso de um reformado por invalidez , e quase septuagenário, que sobrevive com uma pensão de € 243,45, que para ter direito ao piedoso subsídio diário de
€ 7,57, foi forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da Segurança Social para receber a reforma.

Como se compreende, casos como este - e muitos são os portugueses que vivem abaixo ou no limiar da pobreza - não podem, de todo, preencher os requisitos impostos pela CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar despesas de manutenção de uma conta que foram constrangidos a abrir
para acolher a sua miséria.

O mais escandaloso é que seja justamente uma instituição bancária que ano após ano apresenta lucros fabulosos e que aposenta os seus administradores, mesmo quando efémeros, com «obscenas» pensões (para citar Bagão Félix), a vir exigir a quem mal consegue sobreviver que contribua para engordar os seus lautos proventos.

É sem dúvida uma situação ridícula e vergonhosa, mas as palavras sabem a pouco quando se trata de denunciar tamanha indignidade. Esta é a face brutal do capitalismo selvagem que nos servem sob a capa da democracia, em que até a esmola paga taxa.

Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer resquício de decência, com o único objectivo de acumular mais e mais lucros, eis os administradores de sucesso, que este partido socialista, deixa fazer tudo o que bem lhes der na gana, para continuarem a a tirar aos mais pobres, a sua parca subsistência .

É este o estado social de Sócrates e de seus apaniguados.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Graças á governação (?!?!?!) do PS, Agora, até os acidentes ficaram mais caros.

Segundo este artigo do DN, o aumento vai de 400% a 25000%. Se baterem, pensem 2 vezes antes de chamar a policia. A ida da brigada ao local pode custar cerca de 60€.,ou seja, paga-se 10€ por cada folha do processo.

Com aumentos de 25 000% nas participações de acidentes, as receitas serão de quase três milhões de euros por ano.

Os acidentes de viação vão passar a representar uma larga fatia das receitas para as forças de segurança devido ao aumento brutal do custo das participações de acidentes, que vão dos 400% aos 25 000%, fazendo contas aos valores que constam da portaria do Ministério da Administração Interna publicada a 31 de Dezembro.


Na GNR, uma participação por sinistrado passou de 16 cêntimos (quatro laudas ou folhas) para 40 euros, o que representa um aumento de 25000%. Na PSP, o custo de dez euros por quatro folhas passou também para 40 euros, o que traduz um aumento de 400%.


"São verbas que vão para os cofres da GNR e da PSP. As forças de segurança não deviam estar dependentes dos dinheiros das multas ou dos acidentes", comentou, numa toada crítica, José Alho, presidente da ASPIG (Associação Socioprofissional Independente da Guarda).

O DN fez as contas às possíveis receitas que as forças de segurança vão obter. Tome-se como exemplo-padrão uma colisão simples envolvendo duas viaturas com dois condutores. Custo das duas participações do acidente: 80 euros. Com uma média de 97 acidentes com vítimas por dia em Portugal, chega-se ao astronómico valor de 2,8 milhões de euros por ano de lucro com
participações de acidentes.

As contas foram feitas tendo por base o relatório de sinistralidade de 2009 da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, que referiu 35480 acidentes com vítimas nesse ano. O relatório de 2010 ainda não está completo e vai só até ao dia 21 de Dezembro.


Uma fonte policial avançou ao DN com um outro exemplo. "Para um acidente envolvendo cinco viaturas são necessárias 12 laudas ou folhas. Isto dá um custo de 120 euros aos envolvidos no acidente, a que há a somar os cem euros que os cinco peritos das cinco companhias de seguros vão pagar. No total, temos que, num acidente sem feridos, os custos para sinistrados e companhias de seguros foram de 1200 euros."

Custos para uns, receitas para outros, neste último caso, para as forças de segurança.
Antes de a actual portaria (n.º 1334-C/2010) entrar em vigor, o valor que o cidadão pagava por certidões emitidas pela PSP era de 12,5 euros, caso o documento tivesse até 25 páginas. O custo passou a ser,quer para a GNR quer para a PSP, de dez euros por lauda (folha de um lado e outro). A emissão de declarações autenticadas custa agora 15 euros. Uma fotocópia simples de um documento, a preto e branco, custa 0,50 cêntimos, se for a cores custa um euro. Se for autenticada custa também um euro.

"Estes aumentos são exagerados. No documento emitido em Outubro pela Direcção Nacional da PSP e enviado para todos os departamentos, sobre os cortes nas despesas de funcionamento, já se referia que os custos das certidões iam aumentar, só ainda não se tinha a dimensão completa. Até as certidões que os polícias pedem para o currículo custam agora dez euros quando custavam apenas cêntimos", critica Paulo Rodrigues, presidente da ASPP/PSP, a maior estrutura sindical da polícia.

Por Rute Pedro DN

sábado, 12 de março de 2011

A Justiça (???) socialista, é esta!

Sem comentários, transcrevo uma carta que me foi enviada por email, e que relata um caso paradigmático. Decerto, que a Paula Pinela e os seus familiares, não foram os únicos a sofrer uma penalização por serem bons cidadãos. Leiam e julguem.

Eu, Paula Pinela e os meus familiares, esposo e filhos, residentes em Monte Abraão – Queluz em 2009, gozáva-mos as férias de verão na Costa Vicentina e decidimos ir á praia de Sines, no final do dia, seriam 17h, pelo que pensamos em ir comer um gelado ao Castelo.

Quando estávamos a subir a rua que liga a praia ao castelo deparamo-nos com um rapaz que estava a roubar uma mala a uma senhora, arrastando-a pelo alcatrão, e pondo-se de seguida, em fuga na nossa direcção. Atravessamos o carro para lhe cortarmos o caminho e
prestamos assistência á senhora. Chamámos o 112 e a Policia.

O meu marido pôs-se em perseguição do assaltante, tendo conseguido imobilizá-lo. Quando a policia chegou, prendeu o assaltante e nós fomos convidados a ir á esquadra prestar declarações e sermos testemunhas desta situação. A polícia felicitou o nosso acto de coragem.

No dia 27.10.2010 o tribunal de Santiago do Cacem notificou-nos, com pena de penalização, se não comparecesse-mos, para sermos testemunhas, deste caso. Nessa data deslocámo-nos de Monte Abraão - Queluz, até Santiago do Cacem. Ai chegados, somos avisados que o julgamento não se faria.

Como tinha-mos faltado no emprego, fomos pedir um documento, que justificasse e indicasse a razão e o porquê de ter-mos faltado ao trabalho, solicitando igualmente o reembolso das despesas, que tivemos com a deslocação.

Informam-nos que deviamos fazer um pedido ao Doutor Juiz, apresentando os comprovativos dos gastos, de gasolina, portagens, e indicar os quilómetros percorridos.

Nada nos foi dito, até receber-mos nova intimação, 17.01.2011. Mais uma vez comparecemos, e voltamos a pedir o reembolso das nossas despesas, seguindo o processo anterior. Apresentámos, facturas, no valor de 171,66 €, e mencionámos, que havíamos percorrido 320 quilómetros, durante as duas viagens.

A 17.02.2011, quase dois anos depois, recebi do tribunal de Santiago do Cacem uma carta em que começam por me acusar de ter exagerado na quilómetragem, mas que isso também era secundário, já que seriamos reembolsados pela tabela IV que manada pagar, 8.50 € por pessoa e deslocação. Portanto, no nosso caso seriam esses 8.50 €, multiplicados por quatro, perfazendo um total de 34 €. Valor esse que não paga sequer, uma ida de autocarro.

È esta justiça que temos.

Perco eu 2 dias de trabalho…não fui comer o gelado com os meus filhos…e tenho este "prémio" final, por ser bom cidadão.

O pai do assaltante, advogado de profissão, comprometeu-se a pagar todas as despesas á vitima, e o mariola, saiu em liberdade, com pena suspensa de um ano e meio e eu fico com o prejuízo de 137.66€, e todo o incómodo que vivi.

Será que vale a pena sermos bons cidadãos com a justiça que temos? Coma falta de bom senso da maioria dos Juízes, que libertam bandidos e penalizam quem cumpre com os seus deveres cívicos?

A resposta é não! Este país está um lodo, um local mal frequentado por políticos ladrões e irresponsáveis, protegidos por uma justiça (???) zarolha e colaboracionista com a exploração dos desgraçados mais pobres, que não teêm meios para se defender. Até quando?

segunda-feira, 7 de março de 2011

Manipulações com pressão á esquerda e á direita

A semana, farta em "desgovernações"- actos do governo Socialista - fechou em grande...grande porcaria. A eleição da canção dos Homens da Luta para nos representar (?!?!?!), no Euro festival. Nem sei se ainda se chama assim. Mas aquilo, foi mau demais para ser verdade, ou para perder mais tempo a lucubrar sobre tamanha bestialidade...passemos á frente.

Sócrates e o seu bando de incompetentes, prometeu mais aumentos á fráu Merkel. E quem vai pagar?...nós é claro. Quando vier o acerto de contas Sócrates, e os seus ministros, já terão desaparecido da circulação, e estarão a gozar de um farto ordenado/reforma, enquanto nós cá temos que ficar a pagar, com o corpo, já que dinheiro, de certeza não vai haver.

Entretanto, os bloquistas, estão activos...desmultiplicam-se, aqui na net e nos orgãos de informação nacional, escrita falada e vista, que controlam. Criam factos, convocam manifestações, com pressupostos justos, mas com soluções erradas. Se a maioria silenciosa nada fizer, quando acordar, e quiser falar, provávelmente já não o poderá fazer... as ditaduras não permitem vozes criticas...silenciam-nas. Vejam a Albânia, pais no qual se inspira Louça e os seus ingénuos seguidores. São poucos, mas fazem muito barulho.

Daí a necessidade urgente de acabar com esta desgovernação socialista e convocar eleições legislativas o mais breve possível.

Amanhã pode ser tarde demais.

Dou estampa a dois artigos da Sábado da semana passada. Para reflexão.

Ricardo Salgado, é um banqueiro, acha que não deve "entrara no domínio da critica politica", nem "fazer comentários politicos". Por isso,este fim de semana, deu uma entrevista para falar de outras coisas que não de politica. Em primeiro lugar, defendeu que o governo português poderia "ter actuado com mais dureza desde o inicio" da crise. Depois explicou que, se calhar, pode sair muito caro o governo interromper a construção do TGV. Finalmente, concluiu que convocar eleições legislativas "nesta altura seria um problema complicadíssimo".

Para o presidente do Banco Espirito Santo-que convém reafirmar, não quer falar sobre politica-, o governo precisa de tempo para garantir a execução orçamental, a economia precisa de estabilidade politica e o País precisa de "melhores condições" para poder ter uma "evolução politica".
Ricardo Salgado, não é o único grande empresário com fobia de eleições.

Há uma semana, Joe Berardo avançou com outra proposta um pouco menos polida: "mudar o sistema politico" e, eventualmente criar, "um novo género de ditadura", o que daria, presume-se, estabilidade e decência.


Muitos regimes totalitários começaram assim: primeiro com uma situação económica insuportável, depois com uma aversão generalizada aos políticos e finalmente com um pânico de instabilidade politica tão grande que paralisa o pais e vai adiando eleições.
Portigal, felizmente, ainda está longe de se tornar um regime totalitário, mas está cada vez mais obcecado com a estabilidade.

Durante quatro anos teve um governo com maioria absoluta. E nos ultimos dois, teve toda a estabilidade politica de que precisou para aprovar as medidas que iam salvar a economia do caos.
O problema é que, enquanto o parlamento vivia em estabilidade, os portugueses passaram a viver com vários cortes nos apoios sociais, três subidas de impostos, e um aumento constante da despesa do estado - exactamente o oposto do que lhes tinha sido prometido na campanha eleitoral.

Em dois anos, a estabilidade politica deu a Portugal a mais elevada taxa de desemprego de sempre, um dos maiores aumentos da carga fiscal da Europa e uma firme e segura recessão para os próximos tempos.
Em relação às medidas que provocaram tudo isto, os Portugueses, nunca foram consultados. Muito menos chamados a votar. Tudo por causa da estabilidade.

Ainda na Sábado, Pacheco Pereira escreveu:

O actual surto mediático, são os precários. Com toda a comunicação social a fazer imensos esforços para publicitar a manifestação da "geração à rasca" daqui a uma semana. Cheira-lhes a sarilhos e incidentes, boa matéria para as audiências e o espectáculo.Mas apresentam-se como inocentes, são as redes sociais...

Gostava de saber como é que se consegue afirmar que tudo se deve às redes sociais, outra moda do momento, quando os grandes momentos de divulgação e propaganda dos eventos se passam na comunicação social tradicional. Se tudo continuasse apenas no Facebook e nas petições electrónicas, o seu impacto seria muito reduzido.Na verdade, mais do que muitos comentários e adesões no Facebook, em termos de publicidade contam programas como o último "Prós e Contras" e as dezenas de artigos e pseudo-reportagens sobre a manifestação e os seus organizadores anónimos, aliás todos eles militantes experimentados de vários movimentos sindicais ( O movimento asociativo estudantil é isso mesmo) e politicos.


E por detrás está o Bloco de Esquerda que, honra lhe seja feita, de há muito organiza movimentos de "precários" e contra os recibos verdes e a quem, depois dos recentes desaires, saiu esta sorte grande num País em que, face aos modismos, não se pensa, vai-se na onda.

Muita gente que participará pouco tem a ver com o Bloco, mas sempre foi assim que estes partidos actuam. Haverá inclusive uma conjugação entre uma extrema direita e uma extrema esquerda, mas também vem nos livros como se formam estas ligações aparentemente contra natura.


E tudo isto poderá ser perigoso, porque se combinam justas razões de revolta com más explicações e ainda piores soluções quando se ultrapassa a vacuidade do "basta".

sexta-feira, 4 de março de 2011

Os truques de Sócrates, só convencem os tolos.

A principal imprensa económica alemã, Handelsblatt e Financial Times Deutschland, é quase omissa relativamente ao encontro entre Merkel e Sócrates.

Não assim com a manager magazin, cujo link o Miguel Noronha me enviou, e de que passo a transcrever algumas passagens, curiosas pelo tom em que se referem a Portugal, "o país da dívida", e a Sócrates, o aldrabão.

Sobre a reunião em si mesma, nada. A viajem de Sócrates é apenas ocasião para se falar de um caso perdido. Começa assim:


Mit allen Tricks versucht die Regierung in Lissabon die Staatsverschuldung in den Griff zu bekommen. Auch gestern in Berlin sagte Premierminister José Sócrates erneut, Portugal werde ohne internationale Finanzhilfen auskommen. Unter Experten glaubt daran allerdings kaum noch jemand.

O que quer dizer:

Recorrendo a todos os truques, o Governo de Lisboa tenta manter o endividamento público sob controle. Ontem em Berlim José Sócrates repetiu que Portugal vai conseguir safar-se sem ajuda internacional. Mas praticamente quase nenhum especialista acredita nele.

Segue-se uma panorâmica arrasadora do país, com um especial capítulo dedicado ao "truque" do Fundo de Pensões da PT, e declarações de analistas sobre a improbabilidade das metas orçamentais deste ano serem cumpridas, bem como sobre o desempenho vergonhoso do ano passado, com objectivos "atingidos no papel", e outros nem isso, como o do défice estrutural (ajustado dos efeitos do ciclo), que, apesar de um crescimento económico acima do previsto, falhou. Inclusive no "papel".aqui)
Merkel e Sócrates são, assim, os símbolos perfeitos da tragédia europeia em curso: o único país que pode, mas não quer (mas também quer), salvar o euro, e o país que constitui a ameaça mais próxima ao euro. Se ambos não sabem muito bem o que fazer e, por isso, vão tergiversando até qualquer coisa acontecer, nunca Sócrates disse uma coisa tão certa quanto no outro dia: "depois da crise, a Europa não será a mesma. Ou avança ou recua".

Na sua defesa do "avanço", o que já não explicou foram as transcendentes consequências disso. Ao contrário do que ele (e a generalidade da classe política portuguesa) julga, recuar também teria méritos. Melhor dito: avançar ou recuar teriam ambos enormes custos certos e méritos apenas hipotéticos. Tratar-se ia de fazer uma escolha política muito difícil que todos deveríamos discutir antes de aceitarmos mais um passo de gigante (talvez mortífero) do dito "projecto europeu".

Luciano Amaral, hoje, no Diário Económico.

quarta-feira, 2 de março de 2011

A Comunicação Social, quer dar um hino e uma causa,ao BE

Escreve Pacheco Pereira muito a propósito da geração que se diz parva e que de facto não é muito ajuizada pois tem como objectivo conseguir viver com emprego, para toda a vida, em casa dos paizinhos:

O Bloco de Esquerda não é desprovido de uma certa base social própria. Essa base social não é a que o BE gostaria de ter, – o BE gostaria de ter a base social do PCP, – mas é a que existe e se revê na sua política. Essa base social provem de sectores da pequena e média burguesia urbana, jovens e mais radicalizados, oriundos de famílias com alguns rendimentos (embora agora possam estar em processo de pauperização), mais “educados” na proliferação de cursos universitários de encomenda dos últimos anos.

Na província, o BE também recruta em sectores semelhantes, em muitos casos ligados ao ensino e às indústrias culturais, o que lhe transmite um tom de arrogância muito próprio destes sectores. O BE tem aliás proposto legislação sobre os “intermitentes” (uma adaptação dos franceses), e sobre os sectores da cultura e da animação subsidiada pelo estado e pelas autarquias, que correspondem a este “sindicato de voto”.

O principal factor de agitação social desses sectores juvenis é a dificuldade de conseguirem um emprego fixo e garantido (aquilo que se chama “um emprego com direitos”), que acham adequados aos seus diplomas e, embora não o digam, própria do seu estatuto social. Mas a verdade é que muitos desses diplomas não tem qualquer valorização no mercado de trabalho, são pouco mais do que papéis pintados, enquanto outros efectivamente são valorizados e garantem emprego. Convém por isso não generalizar e distinguir. Por isso o papel não justifica a “cultura” e tê-lo significa muitas vezes “parvoíce”, para usar os termos da canção, porque com outro tipo de esforço se poderia obter outros resultados, com menos prosápia e menos revolta.

Para além disso, esta situação é mais normal do que parece, sendo que a situação de entrada aos vinte e poucos anos em empregos para a vida na função pública, é que é a anormal. Só em países com uma presença de um estado empregador e garantista (normalmente países menos desenvolvidos) é que é normal iniciar-se uma carreira profissional com esse grau de garantias e sem risco. As reivindicações dos “precários”, tal como as formula o BE, são no fundo exigências de entrada na função pública ou medidas cujo efeito na economia privada é gerar mais precariedade e desemprego.

Esses jovens estão revoltados e tal é normal, porque ninguém gosta de perder e hoje estes sectores sociais, quer os jovens, quer as famílias, percebem que esta situação de precariedade é um sinal mais do empobrecimento da classe média, que é, como se sabe, um dos factores de maior radicalização nas sociedades ocidentais.

Fonte: Pacheco Pereira in Abrupto