sábado, 16 de fevereiro de 2013

Será o capitalismo responsável pelas nossas agruras?

Há 150 anos, o Tio Marx disse que vinha já aí a famosa crise final do capitalismo. 

Não veio, mas isto é como a História do Messias: os crentes estão sempre a ver sinais da quebra do 7º selo.
 
Eles andam aí outra vez, esgazeados como há 100 anos, berrando os mesmos slogans apocalípticos e acusando o capitalismo, esse Demónio, de todos os males. Estamos numa crise e como sempre, a culpa é do Belzebu, perdão, do capitalismo, que agora já não é só capitalismo mas ganhou adjectivos cataclísmicos como "selvagem", "neoliberal", "ultraliberal", etc.
 
Será o capitalismo responsável pelas nossas agruras?

Se nos sentarmos e pararmos de berrar os versículos da tontice, facilmente percebemos que o capitalismo é, até à data, em toda a história da humanidade, o melhor sistema que inventámos para criar riqueza, bens e serviços.

Não é bom nem mau, assenta apenas na liberdade que nos dá de fazer as nossas própria escolhas, sejam elas certas ou erradas. Uns escolhem bem, outros escolhem mal mas, como a realidade comprova, num mundo racional a maioria das pessoas faz as escolhas certas para a sua vida.

Então porque chegámos aqui? Porque andam todos estes tontos a declamar um vademecum que já estava enterrado no baú dos tesourinhos deprimentes?

Porque o Estado distorceu o mercado.

1- A inundação do crédito barato, sob a batuta da Reserva Federal americana, no rescaldo do crash das dot.com.

2-A decisão política da Administração Clinton de, através das agências Fanny Mae e Freddie Mac, conceder triliões de dólares de crédito de risco, garantidos por hipotecas sem valor. A ideia de Clinton era garantir que todos os americanos pudesse ser proprietários da sua casas, mesmo que não pudessem pagar por elas.

Estas hipotecas incentivadas pelo governo federal e, por isso, tacitamente aceites como garantidas por ele, serviram de base à criação de imensos derivados, vendidos e revendidos numa pura lógica de mercado. É assim que funciona o capitalismo...constrói bens a partir dos materiais que tem à disposição e foi o governo que lhe colocou na mesa os materiais adulterados.

Mas deve condenar-se o cabrito por comer a relva, ou quem lha pôs ao alcance? Devem condenar-se os indivíduos que aproveitaram as oportunidades, ou o estado que lhas colocou à frente e que, praticamente, lhas enfiou pela garganta abaixo?

3- E cá, a imensa dívida do estado e a nacionalização de bancos falidos.

Mas a esquerda anti-capitalista está-se nas tintas para estes factos inegáveis e profusamente referenciados, principalmente porque odeia o lucro. Este ódio busca raízes na ideia marxista de que o lucro é, por definição, o resultado da exploração do homem pelo homem. É, portanto, um pecado mortal que merece condenação e ódio.

Quando estes indignados protestam contra o capitalismo, estão a errar o alvo por muitas milhas. Os monopólios, os corporativismos, os negócios patrocinados pelos favores políticos, são a antítese do capitalismo. Onde há monopólios não há competição e, por sistema, os preços sobem, os salários baixam e os bens e serviços perdem qualidade.

Muitos destes indignados são indivíduos genuinamente preocupados com o seu futuro e nem se apercebem que estão apenas a servir de testas de ferro e figurantes de activistas profissionais, movidos pelo puro ódio ideológico ao capitalismo. 

Nas universidades, tomadas de assalto pelos intelectuais orgânicos inspirados por Gramsci, estes jovens são endoutrinados nas velhas noções marxistas da luta de classes, amalgamadas no niilismo da pós-modernidade. Incapazes de perceber como funciona o sistema em que vivem, são facilmente manipulados pelas raposas velhas do activismo esquerdista, de resto bem financiadas, por dinheiros milionários apostados na destruição do sistema que os gerou. 

O caso de Soros é conhecido e está por detrás de centenas de organizações apostadas na implementação do socialismo, desde ONG's a estações de rádio e televisão.

Os problemas que esta gente pode criar não irão destruir o capitalismo, nem trazer novamente o desacreditado socialismo. Apenas criar caos, desordem, destruição e pobreza.

Por: José António Rodrigues Carmo, na sua página do Facebook.

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