segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Daqui não saio, daqui ninguém me tira.

Só para recordar a fábula, que o Sócrates, contou a sexta-feira passada.

O homem continua a viver a ilusão do seu estado social, que para nós Portugueses, significa, mais insegurança, menos democracia, mais aumentos, menos emprego,mais mentiras do primeiro ministro, e menos certezas no futuro para todos nós.

José Sócrates voltou a usar o optimismo como receita para enfrentar a crise, como tinha feito nos três últimos discursos de Natal. Mas agora com a recessão à porta, o primeiro-ministro muda o tom: a crise que vivemos deve-se à conjuntura internacional, já que o país, aproveitou as reformas do seu governo para ultrapassar a crise em que se encontrava.

"Isto permite-nos agora responder melhor às dificuldades económicas que nos chegam de fora", bravatou José Sócrates, omitindo a responsabilidade de todo o desgoverno a que nos tem sujeito.

O homem, não resistiu ao auto-elogio. No essencial da mensagem, Sócrates continua a desviar todas as responsabilidades políticas para a crise internacional, esquecendo o seu papel e do seu Governo no estado miserável da economia dos últimos anos, em nome até de uma receita que a União Europeia já abandonou.

A novidade, foi a sua postura. Mansa. Mentiroso, mas manso, em contraste com discursos anteriores em que se apresentou, arrogante e ao ataque, no papel de paladino da"esquerda moderna"...????

Enfim, podemos resumir o chorrilho de mentiras do grande caudilho socialista, cantando a célebre musica do passado, ..."daqui não saio, daqui ninguém me tira".

Termino reproduzindo uma das pérolas do discurso de Pinócrates.

"Este é um momento histórico. Pela primeira vez temos uma quadra natalícia em que a economia cresce, as exportações batem recordes e os impostos baixam. A educação já atingiu os níveis de excelência que procurámos, temos o 12º melhor sistema de saúde do mundo e o 25º melhor ministro das finanças da Europa. Temos um grande orçamento. As medidas que tomámos são mais que suficientes para que o pais regresse aos trilhos de crescimento, o controlo do défice foi conseguido e os especuladores derrotados. Com um ano de 2011 de grande crescimento económico, potenciado pelo TGV, pela novo Aeroporto, pelo Magalhães e pelas energias verdes, este será, para todos nós, um grande Natal. Obrigado."

Estamos, feitos.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O Natal é a festa da familia

Neste dia tenta-se reunir o maior número de familiares possível, e tentamos esquecer a crise que grassa lá fora...

As mulheres começam durante a tarde do dia 24 preparando tudo para a Ceia, que tradicionalmente será servida á meia noite.

Nos preparativos presta-se especial atenção ás doçarias, que tradicionalmente constam de: rabanadas, aletria e mexidos.

Na lareira arde um tronco que permanecerá até de madrugada largando o seu calor acolhedor no frio das noites de Dezembro…junto do qual as crianças brincam e colocam as pinhas a assar, que largam um agradável aroma a pinho que perfuma o ambiente.

As crianças, que são uma presença constante e barulhenta emprestam um ar festivo, com as suas brincadeiras e correrias. Os homens ajudam as mulheres nas tarefas mais pesadas e tratam das bebidas e dos aperitivos.

O prato princinpal da Ceia é o bacalhau cozido com batata, hortaliça, cebola e ovo. O bacalhau é seleccionado e tudo é regado com o bom azeite português. A acompanhar o melhor vinho tinto que se guardou para esta altura.

Por volta da meia-noite as crianças retiram-se para dormir, deixando junto da lareira o sapatinho para que o Pai Natal lá coloque a prendinha (hoje em dia a lareira é substituida pela árvore de Natal).

Os adultos dirigem-se para a tradicional missa do galo.

No local da Ceia, nada se retira das mesas, já que segundo a tradição os anjos servem-se da comida que fica da Ceia.

No dia seguinte, é o dia de maior alegria para as crianças, já que é a habitual correria para junto do sapatinho para abrir as prendas, algumas vezes aparece a desilusão por o Pai Natal não ter trazido aquilo que se tinha pedido...mas paciência, é melhor do que nada.

Para o almoço assa-se o tradicional perú recheado, findo o qual começam os preparativos para a partida já que alguns familiares vieram de longe, e o regresso é sempre demorado…

Devido ao frio próprio da época, e já que não há neve na nossa região mas habitualmente chove, quase não existem atividades ao ar livre.

O Natal português é uma festa durante a qual se aproveita para matar saudades de familiares .

Um Bom Natal para todos.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A vigarice de Mata da Costa, é éticamente reprovável, mas legal. Recebia dois vencimentos, no valor de 38.000 €.

O Presidente do Conselho de Administração dos CTT, Estanislau Mata da Costa - que se demitiu no final do mês passado, sem ter terminado o mandato - recebeu, durante cerca de dois anos, dois vencimentos em simultâneo: um pelo cargo nesta empresa, de cerca de 15 mil euros, e outro correspondente às suas anteriores funções na PT, de 23 mil euros. E isto apesar de ter suspendido o vínculo laboral com a PT.

A descoberta foi feita pela Inspecção-Geral de Finanças (IGF), na sequência de uma auditoria realizada após denúncias da comissão de trabalhadores dos CTT sobre actos de alegada má gestão na empresa. O Conselho de Administração da empresa terá recebido o relatório preliminar desta auditoria no dia 29. A demissão de Mata da Costa foi anunciada no dia seguinte e justificada pelo próprio com «razões exclusivamente do foro pessoal e familiar».

A IGF classifica esta acumulação de vencimentos por parte de Mata da Costa - num valor mensal de cerca de 40 mil euros (ao todo, um milhão e 575,6 mil euros recebidos entre Junho de 2005 e Agosto de 2007) - como «eticamente reprovável, ainda que possível do ponto de vista legal». Ainda assim, a IGF decidiu encaminhar o caso para a Procuradoria-Geral da República, por ter «dúvidas quanto à legalidade» da situação.

Segundo o relatório preliminar da IGF, Mata da Costa, que era quadro da PT, foi nomeado para presidir aos CTT em Junho de 2005. Mas, em vez de se desligar desta empresa, fez um acordo de «suspensão do contrato de trabalho, embora estranhamente sem perda de remuneração».

Fonte: Graça Rosendo - Sol

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Colbert e Mazarino: cobrança de impostos durante o reinado de Luís XIV?

E a história repete-se ...

Diálogo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de Luís XIV:

Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar [o contribuinte] já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço...

Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão. Mas o Estado... o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem!

Colbert: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo ? Contudo, precisamos de dinheiro. E como é que havemos de o obter se já criámos todos os impostos imagináveis?

Mazarino: Criam-se outros.

Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.

Mazarino: Sim, é impossível.

Colbert: E então os ricos?

Mazarino: Os ricos também não. Eles não gastariam mais. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.

Colbert: Então como havemos de fazer?

Mazarino: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente entre os ricos e os pobres: os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tirámos. É um reservatório inesgotável.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Homem-sombra de Sócrates, á semelhança do "chefe", forja diploma de licenciatura

André Figueiredo, 33 anos, natural de Seia, o homem de confiança do primeiro-ministro que nos últimos tempos aparece em todos os casos quentes que envolvem os socialistas, desde a ‘Face Oculta’ às acusações de tráfico de influências nas eleições do PS-Coimbra, apresenta-se como advogado e jurista, mas um professor de Direito da Universidade Internacional da Figueira da Foz (UIFF) garante que o político não terá completado o curso.

André Figueiredo inscreveu-se em 1995 na UIFF e, meses antes de o estabelecimento de ensino ser encerrado pela tutela, em Novembro de 2009, pediu um certificado de habilitações. Mas, para completar a licenciatura, faltava-lhe a aprovação na cadeira de Estágio Curricular, correspondente a 200 horas numa instituição ou entidade, findas as quais teria de apresentar um relatório e fazer a respectiva defesa oral perante o professor.

Em Seia, aqueles que o viram crescer não têm sobre André Figueiredo as melhores opiniões.

"Não olha a meios para triturar os que lhe fazem frente", afirma um militante.

A vida política de André Figueiredo começou nos bancos da Escola Secundária de Seia, nas lutas estudantis, mas alinhado no PSD. Na altura, era, aliás, um grande admirador do actual Presidente da República. Mas quando emergiu Guterres e o seu exército da Beira Interior, Figueiredo mudou-se para o PS. Um trajecto em tudo semelhante ao de Sócrates, uns anos antes.

O secretário-geral do PS levou-o para Lisboa e, hoje, Figueiredo é o seu homem de confiança.

André Figueiredo entrou no PS pela mão de Eduardo Brito, ex-presidente da Câmara de Seia, mas nos últimos anos a relação entre os dois desgastou-se ao ponto de hoje não irem além de "um cumprimento de boa educação".

Eduardo Brito hesitou em fazer declarações sobre a relação política com o seu ex-discípulo, deixando, no entanto, a entender que muita coisa se terá passado.

"Politicamente esse senhor para mim não existe. Quero esquecer o que se passou. Ele não faz parte das minhas preocupações políticas", adiantou Eduardo Brito, que esteve 12 anos a liderar a autarquia de Seia e é presidente da Comissão Concelhia do PS.

Mais objectivo e contundente, em relação ao "carácter político" de André Figueiredo, é Fernando Cabral, ex-deputado na Assembleia da República e ex-presidente da Comissão Política Distrital da Guarda do PS.

"É uma pessoa insignificante e sem valor político e pessoal. Não tenho vontade nenhuma em falar desse senhor", referiu Fernando Cabral, adiantando:

"Tem uma ambição política desmedida e usa todos os métodos para a alimentar".

Este militante socialista acusa André Figueiredo de lhe ter "armadilhado" o percurso político à frente da distrital da Guarda.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Fazer o que deve ser feito, para resolver a crise, nacional, sem ser á custa dos contribuintes.

Mão amiga, fez chegar á minha caixa de emails, este texto, aonde são indicadas diversas medidas, que este governo socialista, não tem a coragem necessária, para as pôr em prática, e que por certo, ajudariam e muito, a resolver o problema desta crise, que ao contrário do que Sócrates e os seus "boys", afirmam, não é global, mas tão só, nacional e foi provocada pela incompetência e desonestidade dos actuais governantes.

Estes governantes, sofrem de autismo profundo, e continuam a apertar o garrote que asfixia os contribuintes, sem se preocuparem como é que o desgraçado do Zé Povinho, vai arranjar esse dinheiro, que depois é usado em proveito de meia dúzia de "boys" socialistas, que ainda se riem de nós, ostentando uma arrogância ofensiva. Este, é um regímen terrorista.

Leiam então, algumas das medidas que este governo socialista, devia tomar, para aliviar a crise em que nos afundamos diáriamente.

. Reduzir as mordomias, gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, e suportes burocráticos respectivos, carros e motoristas, dos três Presidentes da República retirados;

. Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como noutros países. Acabar com as mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode;

. Acabar com as centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas, que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;

. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo..

. Redução drástica das Câmaras Municipais, Assembleias Municipais, e Juntas de Freguesia, efectuando uma reconversão mais profunda do que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821,

. Acabar com os pagamentos de 200 €, pela presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 € nas reuniões das Juntas de Freguesia,

. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades;

. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, e restantes funcionários, das Câmaras e Juntas, que se deslocam em digressões particulares pelo País;

. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias, para servir suas excelências, filhos e famílias e até, das amantes,

. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular,

. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes, alguns dos quais vivem em tugúrios inabitáveis,

. Controlar o pessoal da Função Pública, todos funcionários pagos por nós, que nunca estão no local de trabalho, e executam as suas tarefas sem o profissionalismo devido,

. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir "tachos" aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o hospital de Penafiel, tem sete administradores, pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder...

. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar,

. Recuperar os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e outros "boys", onde quer que estejam. Desta forma, o governo daria indicações claras que pretende, de facto, restabelecer a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvio dos dinheiros públicos,

. Acabar com o regabofe da pantomina das Publico Privadas, que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle das entidades reguladoras, e fazendo a "obra" pelo preço que, "entendem",

. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo
esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra, à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;

. Controlar a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise";

. Impedir que, os que foram ministros, ou tiveram outras funções no aparelho de estado, possam vir a ser nomeados gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.

Isto sim seriam as medidas a tomar por um verdadeiro estado social.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A mãe de Sócrates, e a misteriosa pensão superior a 3000 euros

Divorciada nos anos 60 de Fernando Pinto de Sousa, Maria Adelaide Carvalho Monteiro, mãe de José Sócrates, "viveu modestamente em Cascais como empregada doméstica, tricotando botinhas e cachecóis...".(24 H)

Admitamos que, na sequência do divórcio ficou com o chalet (r/c e 1º andar) .Admitamos ainda, que em 1998, altura em que comprou o apartamento na Rua Braamcamp, o fez com o produto da venda da vivenda referida, feita nesse mesmo ano.Neste mesmo ano, declarou às Finanças um rendimento anual inferior a 250 ¤ (CM), o que pressupõe não ter qualquer pensão de valor superior, nem da Segurança Social nem da CGA.Entretanto morre o pai (Júlio Araújo Monteiro) que lhe deixa "uma pequena fortuna, de cujos rendimentos em parte vive hoje" (24H).

Por que neste momento, aufere do Instituto Financeiro da Segurança Social (organismo público que faz a gestão do orçamento da Segurança Social) uma pensão superior a 3.000€ (CM), seria lícito deduzir - caso não tivesse tido outro emprego a partir dos 65 anos - que, considerando a idade normal para a pensão de 65 anos, a mesma lhe teria sido concedida em 1996 (1931+ 65). Só que, por que em 1998 a dita pensão não consta dos seus rendimentos, forçoso será considerar que a partir desse mesmo ano, 1998 desempenhou um lugar que lhe acabou por garantir uma pensão de (vamos por baixo): 3.000€.

Abstraindo a aplicação da esdrúxula forma de cálculo actual, a pensão teria sido calculada sobre os 10 melhores anos de 15 anos de contribuições, com um valor de 2% /ano e uma taxa global de pensão de 80%.

Por que a "pequena fortuna " não conta para a pensão; por que o I.F.S.S. não funciona como entidade bancária que, paga dividendos face a investimentos ali feitos (depósitos); por que em 1998 o seu rendimento foi de 250 €; para poder usufruir em 2008 uma pensão de 3.000€, será por que (ainda que considerando que já descontava para a Segurança Social como empregada doméstica e perfez os 15 anos para poder ter direito a pensão), durante o período (pós 1998), nos ditos melhores 10 anos, a remuneração mensal foi tal, que deu uma média de 3.750€/mês para efeitos do cálculo da pensão final. (3.750 x 80% = 3.000).

Ora, como uma pensão de 3.000€, não se identifica com os "rendimentos " provenientes da pequena fortuna do pai, a senhora tem uma pensão acrescida de outros rendimentos.

Como em nenhum dos jornais se fala em habilitações que a senhora tenha adquirido, que lhe permitisse ultrapassar o tal serviço doméstico remunerado, parece poder depreender-se que as habilitações que tinha nos anos 60 eram as mesmas que tinha quando ocupou o tal lugar que lhe rendeu os ditos 3.750€/mês.

Pode-se saber qual foram as funções desempenhadas que lhe permitiram poder receber tal pensão?

E há mais...

A Dona Adelaide, comprou um apartamento na Rua Braamcamp, em Lisboa, a uma sociedade off-shore com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, apurou o Correio da Manhã.

Em Novembro de 1998, nove meses depois de José Sócrates se ter mudado para o terceiro andar do prédio Heron Castilho, a mãe do primeiro-ministro adquiria o quarto piso, letra E, com um valor tributável de 44 923 000 escudos - cerca de 224 mil euros -, sem recurso a qualquer empréstimo bancário e auferindo um rendimento anual declarado nas Finanças que foi inferior a 250 euros (50 contos).

Ora vejam lá como a senhora deve ter sido poupadinha durante toda a vida.
Com um rendimento anual de 50 contos, que nem dá para comprar um mínimo de alimentação mensal, ainda conseguiu juntar 224.000 euros para comprar um apartamento de luxo, não em Oeiras ou Almada, na Picheleira ou no Bairro Santos, mas no fabuloso edifício Heron, no nº40, da rua Braamcamp, a escassos metros do Marquês de Pombal e numa das mais nobres e caras zonas de Lisboa.

Notável exemplo de vida espartana que permitiu juntar uns dinheiritos largos para comprar casa no inverno da velhice.

Vocês lembram-se daquela ideia genial do Teixeira dos Santos, que queria que pagássemos imposto se déssemos 500 euros aos filhos?

Quem terá ajudado, com algum cacau, para que uma cidadã, que declarou às Finanças um RENDIMENTO ANUAL de 50 contos, pudesse pagar A PRONTO, a uma sociedade OFF-SHORE, os tais 224.000 euros?

domingo, 12 de dezembro de 2010

Médico Espanhol, acaba com listas de espera

Em seis dias, um oftalmologista espanhol realizou 234 cirurgias a doentes com cataratas no Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, num processo que está a "indignar" a Ordem dos Médicos.
Os preços praticados são altamente concorrenciais, tendo sido esta a solução encontrada pelo hospital para combater a lista de espera.
O paciente mais antigo já aguardava desde Janeiro de 2007, tendo ultrapassado o prazo limite de espera de uma cirurgia.
No ano passado chegaram a existir 616 novas propostas cirúrgicas em espera naquela unidade de saúde.
Os sete especialistas do serviço realizaram apenas 359 operações em 2007 (cerca de 50 por médico num ano). No final do ano passado, a lista de espera era de 384, e foi entretanto reduzida a 50 com a intervenção do médico espanhol.
A passagem pelo Barreiro durante o mês de Março - onde garante regressar nos próximos dois anos, embora o hospital não confirme -foi a segunda experiência em Portugal do oftalmologista José António Lillo Bravo, detentor de duas clínicas na Extremadura espanhola - em Dom Benito (Badajoz) e Mérida.
Entre 2000 e 2003 já havia realizado 1500 operações no Hospital de Santa Luzia, em Elvas, indiferente às "críticas" de que diz ter sido alvo dos colegas portugueses.
"Eu percebo a preocupação deles e sei porque há listas de espera tão grandes em Portugal. É que por cada operação no privado cobram cerca de dois mil euros", declarou ao DN o oftalmologista espanhol, inscrito na Ordem dos Médicos portuguesa, que cobrou 900 euros por cada operação
realizada no Barreiro.
As 234 cirurgias realizadas no Barreiro, por um total de 210 mil euros, foi o limite possível sem haver necessidade de abrir concurso público internacional, sendo que o médico fez deslocar a sua equipa e ainda o microscópio e o faco emulsificador. O hospital disponibilizou somente um enfermeiro para prestar apoio.

"As pessoas precisam de entender que estão a ser burladas. O País não pode continuar a ser dirigido por trafulhas..."
(Dr. Medina Carreira)"

sábado, 11 de dezembro de 2010

Isto é uma máfia que ganhou experiência na maçonaria.

Entrevista de Henrique Neto, um histórico do Partido Socialista, a Anabela Mota Ribeiro no "Jornal Económico" . Para ler até ao fim.

Uma vez, fui a um debate em Peniche, conhecia o Sócrates de vista. Isto antes do Governo Guterres. Não sabia muito de ambiente, mas tinha lido umas coisas, tinha formado a minha opinião. O Sócrates começou a falar e pensei: “Este gajo não percebe nada disto”. Mas ele falava com aquela propriedade com que ainda hoje fala, sobre aquilo de que não sabe. Eu, que nunca tinha ouvido o homem falar, pensei: “Este gajo é um aldrabão, é um vendedor de automóveis. Ainda hoje lhe chamo vendedor de automóveis".

"Quando se pôs a hipótese de ele vir a ser secretário-geral do PS, achei uma coisa indescritível. Era a selecção pela falta de qualidade. O PS tem muita gente de qualidade. Sempre achei que o PS entregue a um tipo como o Sócrates só podia dar asneira".

"Gosto muito de Portugal – se tiver uma paixão é Portugal – e não gosto de ninguém que dê cabo dele. O Sócrates está no topo da pirâmide dos que dão cabo disto. Entre o mal que faz e o bem que faz, com o Sócrates, a relação é desastrada".

"Há caras de que gostamos mais e outras menos, mas não me pesa assim tanto. Além do facto de que estou convencido de que ele não é sério, também noutros campos. Conheci a vida privada do Sócrates, ele casou com uma moça de Leiria, de quem conheço a família. Sou amigo do pai dela, que foi o meu arquitecto para a casa de São Pedro de Moel. Esta pequena decoração que vê aqui [em casa] foi feita pela cunhada do Sócrates. Às vezes compro umas pinturas que a mãe delas faz. Nunca fui próximo da família, mas tenho boas relações. Não mereciam o Sócrates. Portanto, sei quem é o Sócrates num ambiente familiar. Sei que é um indivíduo que teve uma infância complicada, que é inseguro por força disso, que cobre a sua insegurança com a arrogância e com aquelas crispações. Mas um País não pode sofrer de coisas dessas".

"Escrevi uma carta ao Guterres, que foi publicada, em que lhe disse coisas que digo do Sócrates. Era deputado quando escrevi a carta, era da comissão política do Partido Socialista. Foi na fase de Pina Moura e daqueles descalabros todos. Na comissão política, estão publicadas algumas dessas coisas, [sobre] os negócios do Jorge Coelho e do Pina Moura. Depois de ter falado disso tudo em duas ou três reuniões e não ter acontecido nada, escrevi uma carta e mandei ao Guterres. Ele distribuiu a carta. No outro dia veio nos jornais. Era uma carta duríssima. Os problemas eram os mesmos, estávamos a caminhar mal, estávamos a enganar os portugueses, a dizer que a economia estava na maior, quando não era verdade. Na altura já falava com o Medina Carreira e ele já falava comigo".

"Quando o Pina Moura foi ministro das Finanças, uma senhora das Finanças instalou-se lá na empresa. Nunca contei isto. Encontrava-a no elevador, nunca falei com ela, “bom dia Sra. Dr.a.”. Mas os meus homens contavam-me. Andou à procura, à procura, à procura como uma doida. Esteve lá alguns dois anos. As coisas não são impunes, a gente paga-as neste mundo. Disse o que quis do Pina Moura, da maioria desses gajos; era natural que se defendessem. Os seus colegas jornalistas muitas vezes foram ao Pina Moura com o que eu disse; e ele: “Não comento”. O Guterres também não comentava, e o Sócrates também não comenta. Aliás, quando faço uma intervenção ao pé dele fica histérico, não me pergunte porquê".

"Estudei um pouco da história portuguesa, nomeadamente dos Descobrimentos; fizemos erros absurdos. Um dos erros é deixarmo-nos enganar, ou pelos interesses, ou pela burrice. O poder, os interesses e a burrice é explosivo. Descambámos no Sócrates, que tem exactamente estas três qualidades, ou defeitos: autoridade, poder, ignorância. E fala mentira. Somos um País que devia usar a inteligência e o debate para resolver os problemas, e temos dirigentes que utilizam a mentira e evitam o debate".

"A última comissão política do PS foi feita no dia em que o Sócrates anunciou estas medidas todas. Convocou a comissão política depois de sair da conferência de imprensa, para o mesmo dia, à última da hora, para ninguém ir preparado – primeira questão. Segunda questão, organizou o grupo dos seus fiéis para fazer intervenções umas a seguir às outras, a apoiar, para que não houvesse vozes discordantes. A ideia dele era que o Partido Socialista apoiasse as medidas. Fez medidas tramadas, toda a gente sabe. O mínimo era que o partido as apoiasse. Mas não falou antes. Depois o Almeida Santos fez aquilo que faz sempre: uma pessoa pode inscrever-se primeiro, mas o Almeida Santos só dá a palavra a quem acha. Os que acha que vão dizer o que não quer que digam, só vêm no fim. E no fim: “Isto está tarde, está na hora de jantar”.

Isto é uma máfia que ganhou experiência na maçonaria. O Arq. Fava é maçónico, o Sócrates entrou por essa via, e os outros todos. Até o Procurador-Geral da República. Utiliza-se depois as técnicas da maçonaria – não é a maçonaria – para controlar a sua verdade. Os sucessivos governos, este em particular, pintam uma imagem cor-de-rosa da economia portuguesa. Isto é enganar as pessoas sistematicamente.

Depois aparecem críticos como o Medina Carreira ou eu a chamar a atenção para a realidade do País – chamam-nos miserabilistas! E quando podem exercem pressão nos lugares onde estão esses críticos e se puderem impedir a sua promoção ou acesso aos meios de informação, não hesitam. Isto era o que se passava antes do 25 de Abril, agora passa-se em liberdade, condicionando as pessoas, e usando o medo que têm de perder o emprego. José Sócrates, na última Comissão Política do PS, defendeu a necessidade das severas medidas assumidas pelo Governo, mas também disse que era muito difícil cortar na despesa do Estado porque a base de apoio do PS está na Administração Pública. Disse-o lá, e pediu para isso a compreensão dos presentes.

Não tenho nada contra José Sócrates. Se ele se limitasse a ser um vendedor de automóveis, ser-me ia indiferente. Mas ele é o primeiro-ministro e está a dar cabo do meu País. Não é o único, mas é o mais importante de todos".

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Valentim Loureiro. O exemplo perfeito do dirigismo "corruptonacionalista".

Valentim dos Santos de Loureiro (Calde, 24 de Dezembro de 1938) é um empresário, político e é, dirigente desportivo.

Frequentou o curso de Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, sem o terminar.

Juntou-se ao exército sobre o regime salazarista e, anos depois, foi julgado e condenado em tribunal militar por andar a vender munições ao PAIGC que, alegadamente, matavam os nossos soldados na Guiné.

Foi também condenado por roubar as rações do exército para lucro próprio (ficando posteriormente conhecido por muitos como o "Capitão Batatas" ). Isto porque estava no aprovisionamento militar e desviava géneros e bens alimentares para vender por fora.
Foi expulso, com desonra, do exército.

Foi, depois do 25 de Abril, readmitido e promovido a Major pelo Conselho da Revolução.

Desviou, alegadamente, 40.000 contos ao BCP com uma transacção com um cheque em dólares americanos sobre um banco que não existia.

Actualmente, é cônsul "honorário" da Guiné-Bissau e tem usado esse título para, alegadamente, falsificar certidões de nascimento de jogadores e potenciais jogadores de futebol que compra e vende numa tipologia de negócio pouco digna.

Distinguiu-se como dirigente desportivo, tendo sido presidente do Boavista F.C. entre 1972 e 1995 e presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) até Agosto de 2006.
Foi presidente da Assembleia Geral na mesma instituição.

Na política, foi militante do Partido Social-Democrata, tendo sido presidente da Comissão Política Distrital do PSD/Porto.
Assumiu um papel activo quando em 1993 aceitou ser candidato à Presidência da Câmara Municipal de Gondomar, vencendo as eleições desse ano, e as de 1997 e 2001.

Após ser desfiliado do PSD por ser acusado de práticas ilícitas enquanto autarca, venceu novamente as eleições de 2005, com a lista independente «Gondomar no Coração», que alcançou 57,5% dos votos.

Foi ainda Presidente da Junta Metropolitana do Porto, entre 2001 e 2005 e Presidente do Conselho de Administração da Empresa Metro do Porto, S.A.

Em Julho de 2008 foi sentenciado a 3 anos de prisão suspensa, no âmbito do processo judicial conhecido como Apito Dourado.

Foi recentemente condecorado com a Grã Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, motivos que alegam os seus "serviços relevantes a Portugal, no país e no estrangeiro, pelos serviços de expansão da cultura portuguesa, sua história e seus valores".
Um gesto subjectivo da parte de alguns, tendo em conta o historial negro do indivíduo.

Pelos Portugueses é considerado uma vergonha Nacional, mas infelizmente pela classe politica que temos é um herói em virtude de pertencer à corja de políticos que temos, isto nada abona a favor do nosso país e mostra que somos um povo passivo que nada faz para o seu próprio bem futuro.
"Há um século atrás, ou num país digno, seria no mínimo, a forca..."

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Portugal, é um país de corruptos...

A maioria dos portugueses (83%), considera que a corrupção piorou em Portugal desde 2007, e 75% classificam como ineficaz o combate por parte do Governo. No ranking dos menos honestos, a classe política surge à cabeça. Professores, militares e religiosos são apontados como os menos corruptos.

Os dados surgem no Barómetro Global da Corrupção 2010, uma sondagem mundial que hoje, Dia Internacional de Combate contra a Corrupção, é divulgada pela Transparency International. A instituição inquiriu mais de 91 mil pessoas em 86 países e territórios. As suas atenções estiveram centradas nas práticas de pequeno suborno, nas avaliações que os cidadãos fazem sobre o desempenho das instituições públicas, e na sua percepção no que respeita à eficácia do combate à corrupção.

"Este agravamento das percepções domésticas sobre corrupção resulta, por um lado, de uma maior e mais frequente exposição mediática de escândalos de corrupção envolvendo líderes políticos e altas figuras do sector financeiro e, por outro lado, de uma perceptível ineficácia do combate à corrupção." A explicação é de Luís de Sousa, presidente da Transparência e Integridade (TIAC), Ponto de Contacto da Transparency International em Portugal.

O agravamento deste sentimento surge ancorado em práticas menos lícitas que os próprios inquiridos admitem praticar. Segundo o barómetro, 3% dos inquiridos portugueses afirmam ter pago um suborno nos últimos 12 meses. Este valor, porém, é quase insignificante quando comparado com o que se passa em países mais ricos da Europa, como Suíça, Reino Unido, Noruega, Holanda, Alemanha, Finlândia e Dinamarca. Para Luís de Sousa, esta diferença "significa que o tipo de corrupção mais corrente na sociedade portuguesa não passa necessariamente pelo suborno, mas por formas mais subtis e prolongadas no tempo, como o pequeno tráfico de influências, vulgo 'cunha'".

Por outro lado, são cada vez mais os portugueses (sete em cada dez) que consideram ineficaz a luta contra a corrupção por parte do Governo, passando de 64% em 2007 para 75% em 2010. Segundo a Transparency International, o aumento do sentimento da existência de corrupção e a ineficácia do seu combate reforçam a tendência de declínio de Portugal no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) verificada nos últimos anos. O País, note-se, surge cada vez mais à cabeça dos mais corruptos.

A realidade portuguesa é um reflexo de um sentimento expresso a nível mundial. Segundo o Barómetro, seis em cada dez pessoas em todo o mundo consideram que a corrupção aumentou, e uma em cada quatro admite ter pago subornos no último ano.

Em Portugal, a liderar o sentimento de suspeita de corrupção estão os partidos políticos, seguindo-se o Parlamento e depois a justiça (ver gráfico). Entre os menos citados estão os religiosos, mas, note-se, foi o sector que sofreu o maior agravamento nos últimos anos. O mesmo fenómeno está a registar-se nas organizações não governamentais, que lidam com a solidariedade.

Este barómetro mostra a evolução da corrupção. Segundo o relatório, os montantes pagos em subornos em 2010 eram mais ou menos os mesmos de há cincos anos. Contudo, terão aumentado em sectores mais sensíveis, como na polícia, na justiça e nos registos. Esta percepção é mundial, não se especificando o que se passa em Portugal. Também a nível global, as pessoas a confiam nos governos para combater a corrupção.

Por: Lícinio Lima, no JN

domingo, 5 de dezembro de 2010

O escudo ainda faz suspirar muitos corações

O escudo ainda faz suspirar muitos corações. Mas se os portugueses soubessem o que implicaria o regresso ao passado, seriam menos nostálgicos. Integrar a União Europeia e a moeda única tem um custo de manutenção, porventura alto. Mas sair teria um custo muito maior.

Portugal bateu com a cabeça na parede. E, como um ébrio, tenta reequilibrar-se para chegar a casa sem cair. O problema é que continua aturdido, e sem perceber ainda onde está, sente dificuldade em escolher e trilhar o caminho certo. Daí a necessidade iminente de ajuda.

A imagem de um país ébrio poderá parecer desajustada, mas só um país inebriado com a ausência de sanções para os sucessivos incumprimentos de gestão poderia ter chegado a 2010 sem saber em que condições chegará a 2020.

A produtividade está muito aquém, o endividamento muito além, o desemprego atingiu o valor mais alto de sempre - 6094 mil pessoas, 11% da população. E o orçamento, só este ano, foi rectificado três vezes com pactos de estabilidade e crescimento, dos quais resultaram rudes sentenças para um futuro que começa já daqui a um mês: aumento de impostos, redução de salários, congelamento de pensões, estagnação de investimento público. Tudo em nome de um défice de 4,6%.

Apesar disto, os mercados, indiferentes aos esforços, mantiveram durante largos dias a taxa de juro sobre a dívida soberana nos 7%. E só quinta-feira, depois de uma declaração de Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu (BCE), acompanhada da aquisição de títulos de dívida pública portuguesa e irlandesa, os juros começaram a descer. Anteontem, chegaram aos 5,84% - o valor mais baixo dos últimos três meses. Aliviou a pressão, mas não afastou a possibilidade, cada vez mais real, de Portugal ter mesmo de estender a mão ao FMI.

O problema é que poderá já não bastar. Porque é cada vez menos possível prever se a injecção de liquidez nas economias insolventes chegará para evitar uma falência em dominó: Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha, França e agora também Itália têm pouquíssima margem de erro.

Perante isto, em Portugal, há cada vez mais quem suspire pela saída do euro, que o tempo do escudo é que era bom. Era mesmo? Integrar a União Europeia (UE) e a moeda única tem um custo de manutenção, porventura alto. Mas sair teria um custo muito maior. Saiba porquê.

Imagine que a sua poupança passaria a valer apenas metade. Poupou 100 mil euros ao longo da vida, passaria a ter apenas 50 mil. E que, por oposição, as suas dívidas à banca seriam sujeitas a um juro mais alto, logo, passaria a dever muito mais. Esta seria apenas uma das muitas consequências da saída do euro: a moeda seria objecto de desvalorização, um euro deixaria de valer, como até 2002, 200 escudos.

Assim sendo, convergem os economistas ouvidos pelo JN, "se já temos problemas, passaríamos a ter muitos mais." Tanto mais que, quando aderimos à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1986, havia estudos e provas sobre uma vida que seria melhor - as economias da França, Holanda, Bélgica, Alemanha, Luxemburgo e Itália primeiro; da Dinamarca, Inglaterra, Irlanda e Grécia depois, eram a demonstração cabal disso. Regressar ao escudo seria um salto no escuro. Com uma única certeza: a de um isolamento que levaria inevitável e rapidamente o país ao empobrecimento.

Se sair do euro não é solução e estar no euro conduziu-nos a uma crise que poderá redundar na tragédia de muitos portugueses, impõe-se perguntar o que correu mal. Recorde-se que para aderir ao euro não bastava querer, era necessário respeitar os critérios de convergência exigidos em termos de finanças públicas: estabilidade de preços, posição orçamental, estabilidade cambial e taxas de juro a longo prazo. A gestão pública portuguesa descarrilou após a adesão ou Portugal nunca esteve realmente em condições de aderir? E aqui, as opiniões divergem.

José Reis, director da Faculdade de Economia na Universidade de Coimbra e ex-secretário de Estado de Guterres na pasta do Ensino Superior, responsabiliza "a crença cega no liberalismo económico" enquanto símbolo de prosperidade e acumulação de riqueza. Não se trata, diz, de olhar para os países individualmente, mas para a Europa como um todo. "A UE era uma realidade generosa, procurava integrar os países, até porque tinha havido uma ruptura entre as economias centrais e periféricas. A CEE fez disso a sua grande aposta: superar assimetrias". No entanto, "confiar na ideia de que uma União Monetária resolveria todos os problemas, incluindo essas assimetrias, foi um erro muito claro", critica. "Não só subsiste o desequilíbrio externo como a inexistência de mecanismos para controlar a macro-economia liberal gerou o actual processo infernal."

João Loureiro, investigador do centro de estudos macro-económicos da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, avalia o cenário justamente a partir do prisma oposto: o dos países individualmente - e é particularmente duro com Portugal. "O grande problema é que aderimos ao Euro e nunca tivemos o comportamento recomendado. Há países de dimensão tão pequena como a nossa que aderiram e estão bem", afirma. Para o professor, o problema nacional é mesmo anterior ao euro. "Já antes da UE havia países com moeda própria - Holanda, Bélgica, Áustria -, que tinham uma taxa de inflação e de juro baixas enquanto as nossas oscilavam entre os 20 e os 30%. É um problema de políticas, de indisciplina, de decisões que foram sempre erradas - antes e depois".

Também professor de Economia na Universidade do Porto, Óscar Afonso, pede emprestada uma imagem utilizada pelo economista Vítor Bento para subscrever esta ideia. "Os países construíram economias como as casas dos três porquinhos: houve quem as fizesse de tijolo e quem as fizesse de madeira. Nós fizemos de palha. À menor ventania foi tudo ao ar. A culpa é nossa."

Nossa e da "falta de rigor na fiscalização", acrescenta João Loureiro. "A regra escrita que obriga os países à disciplina orçamental nunca foi observada por países como Portugal e a Grécia, que quase sempre usaram truques contabilísticos para controlar o défice. Se tivesse havido fiscalização sobre a aplicação da regra, os países nunca teriam acumulado dívidas, porque ao menor incumprimento seriam sancionados." Daí, a crítica às recentes afirmações de Angela Merkel. "A chanceler alemã tem razão quando diz que os mercados devem diferenciar os países - entre 1999 e 2007 a taxa portuguesa era muito parecida à alemã -, que se esses não cumprirem a regra, ninguém poderá continuar a socorrê-los, logo, serão os credores a arcar com as responsabilidades. Simplesmente, disse-o no momento errado, numa altura em que os mercados já estavam instáveis. Foi como atirar petróleo para um lugar onde já havia lume. E, com isso, agravou os juros."

José Reis entende porquê. "Até agora ninguém acreditava na intencionalidade da concepção errada do Euro. Mas hoje é difícil vê-lo dessa forma. A Alemanha está morta por se libertar das economias periféricas. É a lógica da desconstrução da Europa." E sublinha o que diz ser uma inevitabilidade. "A partir do momento em que se entregou aos mercados financeiros especulativos o que era da soberania, não ficámos perante um problema de culpa deste ou daquele país, mas diante de um problema estrutural."

Esta teoria não encontra seguidores nos outros dois economistas - ambos defendem que "não fizemos o trabalho de casa" -, mas foquemo-nos agora na solução do problema e nas consequências da solução. Vamos empobrecer ou mudar de paradigma?

Sair do euro, insiste João Loureiro, está de fora de questão. Se isso acontecesse, enuncia para que não restem dúvidas, "uma série de agentes económicos entrariam em colapso, deixaríamos de ter acesso a muitas importações, perderíamos competitividade, a inflação disparava, os empréstimos seriam incomportáveis, a Bolsa sofreria um tombo. Em suma, o resto do Mundo deixaria de confiar em nós e nós deixaríamos de contar para o resto do Mundo." Só há, defende, dois caminhos para a saída: aumentar os impostos ou reduzir a despesa. O professor joga tudo nesta última hipótese. E garante que numa legislatura é possível fazer muita coisa. Mas adverte: "Não há soluções sem dor. Para reduzir o défice, alguém terá de ser penalizado: ou quem vai pagar mais ou quem vai beneficiar menos". E para uma resolução de médio, longo prazo, volta a apostar tudo na última possibilidade.

Exemplos do que, em sua opinião, ainda é possível fazer: "Flexibilizar o mercado de trabalho, diminuindo o custo dos despedimentos; colocar a justiça a funcionar; redimensionar a rede de ensino ao nível secundário e do superior; realizar uma reforma fiscal, incentivando umas actividades e desincentivando as que não acrescentam nada à riqueza do país; reformar a Segurança Social, efectuando cortes retroactivos nas pensões; tornar o Serviço Nacional de Saúde mais caro para o utente; criar enquadramento legal que impeça no futuro todo o tipo de erros orçamentais cometidos no passado...". É duro. "Pois é", reconhece. "Mas é tempo de mudar de vida. E se não semearmos agora, então, nunca mais iremos colher no futuro."

Oscar Afonso corrobora e acrescenta "a necessidade urgente de mudar os decisores políticos nacionais". Nesta altura, diz, "atingiram um tal nível de descrédito, que é preferível sermos temporariamente controlados por uma entidade exterior." José Reis também avança uma solução, muito mais suave e, admite, "difícil de concretizar". Passaria por "uma iniciativa política conjunta de chefes de Estado que, assumindo que não é possível manter esta especulação, criassem um novo mecanismo para financiar a Europa. Isto implicaria também a intervenção do BCE ao nível da emissão de moeda." Se não acontecer, então, antecipa, "será necessário assumir compromissos para um processo que nunca pode ser abrupto: a decomposição dos países da periferia da Europa."

O euro, como assegurou Trichet, até pode "ser uma moeda tão credível para os próximos 10 anos como foi nos últimos 12 anos", mas, no que concerne a Portugal, há consenso entre os economistas: o próximo ano será de recessão e o seguinte de crescimento zero. Significa empobrecer? "Significa a perda da ilusão de que poderíamos viver eternamente acima das nossas possibilidades", conclui Óscar Afonso.

Helena Teixeira da Silva, no JN

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O (falso) Decálogo de Abraham Lincoln

Num país de invejosos, mentes pequenas, arranjistas, onde a devassa da vida privada se tornou um desporto, onde olhar pelo buraco da fechadura do vizinho é o passatempo mais apreciado e o esquema do “já agora” é a máxima do oportunismo, vale a pena relembrar os dez mandamentos do 16º Presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln.

É certo que, depois disto, veio o capitalismo, com os seus bens e os seus males. Muitos dos que, em vez de trabalhar, andam entretidos a denunciar os vencimentos de algumas pessoas, como se, com isso, resolvessem os problemas dos pobres, e endireitassem a crise do país, melhor fariam se metessem menos baixas, se acabassem com o absentismo no trabalho, se olhassem para si póprios e tentassem progredir, se não profissionalmente, pelo menos como indivíduos úteis à sociedade.

Para esses aqui publico o Decátologo de Abraham Lincoln. Provavelmente, para muitos, estas dez ideias entram a 100 e saiem a mil, como se contivessem a maior inutilidade. São os que vivem a vida à espera do subsídio, da fuga às responsabilidades e aos impostos, dos que chamam a televisão para resolverem os seus problemazinhos pessoais, dos que passam o tempo à porta da Junta de Freguesia.

1. Não se pode criar prosperidade desalentando a Iniciativa Própria.

2. Não se pode fortalecer o débil, enfraquecendo o forte.

3. Não se pode ajudar os pequenos, esmagando os grandes.

4. Não se pode ajudar o pobre, destruindo o rico.

5. Não se pode elevar o salário, pressionando quem paga o salário.

6. Não se pode resolver os seus problemas enquanto se gasta mais do que se ganha.

7. Não se pode promover a fraternidade da humanidade, admitindo e incitando ao ódio de classes.

8. Não se pode garantir uma adequada segurança com dinheiro emprestado.

9. Não se pode formar o carácter e o valor do homem tirando-lhe a sua independência (liberdade) e iniciativa.

10. Não se pode ajudar os homens permanentemente, realizando por eles o que eles podem e devem fazer por si mesmos.

Mas, na melhor sopa cai a mosca. Continuando a pesquisa sobre este tema, descubro que, afinal, o decálogo é falso, que não foi Lincoln quem o escreveu. O decálogo, cujo título original é "The ten cannots" (Os dez não se pode) pertence ao reverendo William J.H. Boetcker, um presbiteriano norte-americano de origem alemã(1873-1962), que o publicou em 1916.

De tanto se atribuir a autoria destas máximas a Lincoln, o próprio Ronald Reagan, num discurso, mencionou o Decálogo como tendo sido do seu antecessor na presidência dos EUA.

Fonte:Helder de Sousa, em mais,sempre mais!!!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Esses traidores estão a levar cada vez mais portugueses a questionarem se não deveriam ter sido assimilados há séculos pela Espanha.

Artigo de Timothy Bancroft-Hinchey, no Pravda, jornal russo, logo a seguir ao PEC, lançado pelos xuxas. É isto que eles pensam sobre Portugal.

Foram tomadas medidas draconianas esta semana em Portugal, pelo Governo liberal de José Sócrates. Mais um caso de um outro governo de centro-direita pedindo ao povo Português a fazer sacrifícios, um apelo repetido vezes sem fim a esta nação trabalhadora, sofredora, historicamente deslizando cada vez mais no atoleiro da miséria. E não é por eles serem portugueses. Vá o leitor ao Luxemburgo, que lidera todos os indicadores socioeconómicos, e vai descobrir que doze por cento da população é portuguesa, oriunda de um povo que construiu um império que se estendia por quatro continentes e que controlava o litoral desde Ceuta, na costa atlântica, tornando a costa africana até ao Cabo da Boa Esperança, a costa oriental da África, no Oceano Índico, o Mar Arábico, o Golfo da Pérsia, a costa ocidental da Índia e Sri Lanka. E foi o primeiro povo europeu a chegar ao Japão....e à Austrália. Esta semana, o Primeiro Ministro José Sócrates lançou uma nova onda dos seus pacotes de austeridade, corte de salários e aumento do IVA, mais medidas cosméticas tomadas num clima de política de laboratório por académicos arrogantes e altivos desprovidos de qualquer contacto com o mundo real, um esteio na classe política elitista Português no Partido Social Democrata (PSD) e Partido Socialista (PS), gangorras de má gestão política que têm assolado o país desde anos 80. O objectivo? Para reduzir o défice. Porquê? Porque a União Europeia assim o diz. Mas é só a UE? Não, não é. O maravilhoso sistema em que a União Europeia se deixou sugar, é aquele em que as agências de Ratings, Fitch, Moody's e Standard and Poor's, baseadas nos Estados Unidos da América (onde havia de ser?) virtual e fisicamente, controlam as políticas fiscais, económicas e sociais dos Estados-Membros da União Europeia através da atribuição das notações de crédito. Com amigos como estes organismos e ainda Bruxelas, quem precisa de inimigos? Sejamos honestos. A União Europeia é o resultado de um pacto forjado por uma França tremente e apavorada com a Alemanha depois das suas tropas invadiram o seu território três vezes em setenta anos, tomando Paris com facilidade, não só uma vez mas duas vezes, e por uma astuta Alemanha ansiosa para se reinventar após os anos de pesadelo de Hitler. A França tem a agricultura, a Alemanha ficou com os mercados para a sua indústria. E Portugal? Olhem para as marcas de automóveis novos conduzidos pelos motoristas particulares para transportar exércitos de "assessores" (estes parecem ser imunes a cortes de gastos) e adivinhem de que país eles vêm? Não, eles não são Peugeot e Citroen ou Renault. Eles são os Mercedes e BMWs. Topo-de-gama, é claro. Os sucessivos governos formados pelos dois principais partidos, PSD (Partido Social Democrata da direita) e PS (Socialista, do centro), têm sistematicamente jogado os interesses de Portugal e dos portugueses pelo esgoto abaixo, destruindo a sua agricultura (agricultores portugueses são pagos para não produzir!!) e a sua indústria (desapareceu!!) e sua pesca (arrastões espanhóis em águas lusas!!), a troco de quê? O quê é que as contra-partidas renderam, a não ser a aniquilação total de qualquer possibilidade de criar emprego e riqueza numa base sustentável? Aníbal Cavaco Silva, agora Presidente, mas primeiro-ministro durante uma década, entre 1985 e 1995, anos em que despejaram biliões de euros através das suas mãos a partir dos fundos estruturais e do desenvolvimento da UE, é um excelente exemplo de um dos melhores políticos de Portugal. Eleito fundamentalmente porque é considerado "sério" e "honesto" (em terra de cegos, quem vê é rei), como se isso fosse um motivo para eleger um líder (que só em Portugal, é!!) e como se a maioria dos restantes políticos (PSD/PS) fossem um bando de sanguessugas e parasitas inúteis (que são), ele é o pai do défice público em Portugal e o campeão de gastos públicos. A sua "política de betão" foi bem idealizada mas, como sempre, mal planeada, o resultado de uma inapta, descoordenada e, às vezes inexistente no modelo governativo do departamento do Ordenamento do Território, vergado, como habitualmente, a interesses investidos que sugam o país e seu povo. Uma grande parte dos fundos da UE foram canalizadas para a construção de pontes e auto-estradas para abrir o país a Lisboa, facilitando o transporte interno e fomentando a construção de parques industriais nas cidades do interior para atrair a grande parte da população que assentava no litoral. O resultado concreto, foi que as pessoas agora tinham os meios para fugirem do interior e chegar ao litoral ainda mais rápido. Os parques industriais nunca ficaram repletos e as indústrias que foram criadas, em muitos casos já fecharam. Uma grande percentagem do dinheiro dos contribuintes da UE vaporizou-se em empresas e esquemas fantasmas. Foram comprados Ferraris. Foram encomendados Lamborghini, Maserati. Foram organizadas caçadas de javalí em Espanha. Foram remodeladas casas particulares. O Governo e Aníbal Silva ficaram a observar, no seu primeiro mandato, enquanto o dinheiro foi desperdiçado. No seu segundo mandato, Aníbal Silva ficou a observar os membros do seu governo a perderem o controle e a participarem. Então, ele tentou desesperadamente distanciar-se do seu próprio partido político. E ele é um dos melhores? Depois de Aníbal Silva veio o bem-intencionado e humanista, António Guterres (PS), um excelente Alto Comissário para os Refugiados e um candidato perfeito para Secretário-Geral da ONU, mas um buraco negro em termos de (má) gestão financeira. Ele foi seguido pelo excelente diplomata, mas abominável primeiro-ministro José Barroso (PSD) (agora Presidente da Comissão da EU, "Eu vou ser primeiro-ministro, só que não sei quando") que criou mais problemas com o seu discurso do que com os que resolveu, passou a batata quente para Pedro Lopes (PSD), que não tinha qualquer hipótese ou capacidade para governar e não viu a armadilha. Resultando em dois mandatos de José Sócrates, um ex-Ministro do Ambiente competente, que até formou um bom governo de maioria e tentou corajosamente corrigir erros anteriores. Mas foi rapidamente asfixiado pelos interesses instalados. Agora, as medidas de austeridade apresentadas por este primeiro-ministro, são o resultado da sua própria inépcia para enfrentar esses interesses, no período que antecedeu a última crise mundial do capitalismo (aquela em que os líderes financeiros do mundo foram buscar três triliões de dólares (???) de um dia para o outro para salvar uma mão cheia de banqueiros irresponsáveis, enquanto nada foi produzido para pagar pensões dignas, programas de saúde ou projetos de educação). E, assim como seus antecessores, José Sócrates, agora com minoria, demonstra falta de inteligência emocional, permitindo que os seus ministros pratiquem e implementem políticas de laboratório, que obviamente serão contra-producentes. O Pravda.Ru entrevistou 100 funcionários, cujos salários vão ser reduzidos. Aqui estão os resultados: Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou trabalhar menos (94%). Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou fazer o meu melhor para me aposentar cedo, mudar de emprego ou abandonar o país (5%). Concordo com o sacrifício (1%) Um por cento! Quanto ao aumento dos impostos, a reação imediata será que a economia encolhe ainda mais enquanto as pessoas começam a fazer reduções simbólicas, que multiplicado pela população de Portugal, 10 milhões, afetará a criação de postos de trabalho, implicando a obrigatoriedade do Estado a intervir e evidentemente enviará a economia para uma segunda (e no caso de Portugal, contínua) recessão. Não é preciso ser cientista de física quântica para perceber isso. O idiota e avançado mental que sonhou com esses esquemas, tem os resultados num pedaço de papel, onde eles vão ficar!! É verdade, as medidas são um sinal claro para as agências de rating, que o Governo de Portugal está disposto a tomar medidas fortes, mas à custa, como sempre, do povo português. Quanto ao futuro, as pesquisas de opinião providenciam uma previsão de um retorno do Governo de Portugal ao PSD, enquanto os partidos de esquerda (Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português) não conseguem convencer o eleitorado com as suas ideias e propostas. Só em Portugal, a classe elitista dos políticos PSD/PS seria capaz de punir o povo por se atrever a ser independente. Essa classe, enviou os interesses de Portugal para o ralo, pediu sacrifícios ao longo de décadas, não produziu nada e continuou a massacrar o povo com mais castigos. Esses traidores estão a levar cada vez mais portugueses a questionarem se não deveriam ter sido assimilados há séculos pela Espanha. Que convidativo, o ditado português "Quem não está bem, que se mude". Certo, bem longe de Portugal, como todos os que podem estão a fazer. Bons estudantes a jorrarem pelas fronteiras fora. Que comentário lamentável para um país maravilhoso, um povo fantástico e uma classe política abominável.

Fonte: Timothy Bancroft-Hinchey Pravda.Ru

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Governo foi politicamente desonesto com portugueses

O governo português foi politicamente desonesto por esconder da população a real situação do país, acusou ontem o antigo ministro das Finanças de José Sócrates, Luís Campos e Cunha.

"Até 20 de Setembro Portugal, oficialmente, estava no melhor dos mundos. As pessoas que acreditaram no governo não tomaram medidas, não pouparam. Não foi uma maneira honesta do ponto de vista político", disse Campos e Cunha em Maputo, ao intervir numa conferência que assinalou os 15 anos do banco Millennium Bim, detido maioritariamente pelo Millennium BCP.

A conferência, sob o tema "Pobreza e Desenvolvimento Económico" juntou, além de Campos e Cunha, os economistas moçambicano Firmino Mucavele e brasileiro Cláudio Frischtak. Campos e Cunha falou sobre "Política cambial e orçamental: o futuro começa hoje".

Enquanto esteve a "mamar", esteve calado. Agora que foi "ruado", mete a boca no trombone. Mas já vem tarde. Ele também é responsável, só que quem vai pagar somos nós.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Ricardo Rodrigues homossexual e pedófilo?! E vigarista?! Agora virou Alegrista !!!!

Leiam esta pérola, que José Maria Martins, advogado, escreveu sobre Ricardo Rodrigues, o deputado xuxa, que gamou os gravadores aos jornalistas do Sol.

Eu que conheço muito bem, e até pessoalmente, o deputado Ricardo Rodrigues, dei comigo a pensar:

"Para onde vai o meu Portugal?".

É vergonhoso que o PS tenha metido nas listas de deputados Ricardo Rodrigues. Vergonhoso! Digo-o no âmbito da minha liberdade de expressão e opinião. Digo-o como cidadão político.
Digo-o na qualidade de irmão de dois açorianos: Victor Manuel Martins, nascido na Horta, Ilha do Faial, e de Maria Isabel Martins, nascida em Vila do Porto, Ilha de Santa Maria.

E lembro-me que Ricardo Rodrigues era advogado do sobrinho do Dr. Mota Amaral e nem soube defende-lo, tendo sido eu a trabalhar para o libertar, pela incapacidade de Ricardo Rodrigues.

Da mesma maneira que Ricardo Rodrigues deixou condenar, estupidamente, um amigo meu, um homem bom e muito influente em Ponta Delgada, quando Ricardo Rodrigues era apenas advogado e o irmão dele empregado na Associação Agrícola.

Todos se lembram que Ricardo Rodrigues se demitiu do Governo dos Açores aquando do caso de pedofilia conhecido como Caso Farfalha.

Agora aparece - depois de fazer mais umas tantas ilegalidades, porcarias, no âmbito de um jornal, do PS, que foi à falência em Ponta Delgada! - como o homem forte do PS!!

Veja-se que pessoas o meu ex-partido tem como arautos!

Onde está Mário Soares? Onde está António Arnault? Onde está Almeida Santos? Onde está Carlos Candal (já morreu)?
Creio que o deputado Ricardo Rodrigues é o maior defensor, no PS, dos casamentos homossexuais, quando se sabe que não tem filhos... e que nos Açores é tido como membro do grupo Gay!

Portugal está do avesso!

Sócrates deixa estas pessoas tomarem posições de destaque e afundar Portugal.
Onde estão os milhões de euros desviados da Caixa Geral de Depósitos de Vila Franca do Campo? Em cujo processo crime Ricardo Rodrigues foi arguido e salvo pelos amigos, contra a posição da Policia Judiciária?
Sei do que falo porque fui advogado desse caso em que Ricardo Rodrigues era arguido, mas alguém se encarregou de o safar...
Se Ricardo Rodrigues me quiser processar que o faça!

Mas temos que saber quem era o procurador gay que o safou!
O procurador que tinha um namorado preso na prisão da Boa Nova, em Ponta Delgada!

Uma miséria este Portugal!

Por outro lado, ao longo do país vamos vendo tiranetes que defendem as suas capelinhas, contra o Povo. Nas freguesias, nos concelhos, há sempre os "regedores" que vão emporcalhando Portugal e sendo responsáveis pela miséria em que vivemos.

Portugal está nas bocas do Mundo pelas piores razões.

Eu por mim preferia dar um tiro nos cornos de um desses tiranetes a deixar o meu amado, o meu querido, o meu adorado Portugal morrer, o país pelo qual jurei morrer se fosse necessário.
Declaro que se for necessário morrerei por Portugal, de armas na mão, mas há-de haver filhos da puta que vão à minha frente!

Os Povos têm o direito de se revoltar!

Os meus filhos, os teus filhos, os nossos filhos, não podem estar na mão destes biltres.
Os portugueses, se for necessário, devem seguir o exemplo do Povo de Paris, os "sans culottes", que destruíram a Bastilha, que mataram Luis XVI e Maria Antonieta.
Se me quiserem processar, façam-no, porque eu não tolero pedófilos, que não confessam, nem corruptos que destroem o meu amado Portugal.
Basta, já"!XXXXXXXXXXXX

Ricardo Rodrigues homossexual e pedófilo?! E vigarista?! Agora virou ALEGRISTA !!!!

Texto do Dr. José Maria Martins, Advogado

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Stop Banque

Depois de um vídeo onde o ex-futebolista Eric Cantona apela a uma revolução monetária e incita as pessoas a levantarem todo o seu dinheiro do banco, vários países aderiram a este movimento.

Portugal é um deles e até já existe uma página no Facebook onde se pede que no dia 7 de Dezembro, terça-feira, todos levantem o dinheiro dos bancos. Segundo o comunicado na página, o objectivo "não é fazer o sistema colapsar de imediato", mas sim "educar a população sobre como o sistema financeiro REALMENTE opera".

Na página do movimento, perto de 1400 pessoas dizem querer participar na iniciativa.

"Este é o primeiro grupo de acção espontânea, a fim de proteger-vos da comunicação social e corrupção política e nos libertar da escravidão que nos foi imposta pelos grandes banqueiros", lê-se na página.

O movimento começou em França e já se estendeu a vários países como Inglaterra, Grécia, Itália, Dinamarca, República Checa, Islândia e México.

Vejam o video.


domingo, 28 de novembro de 2010

Já não chega acreditar.

Nunca é de mais, ler, e reler este texto do Pedro Rolo Duarte. Ajuda-nos a meditar, e a repensar nos valores que julgávamos certos, mas sobretudo naqueles que veemente renegámos e demos como definitivamente errados, e agora vemos, que afinal, não é bem assim.

E depois, lembrar-nos que houve alguém que afirmou: - há que mudar tudo, para que tudo fique igual...ou pior, acrescento eu.

"Há uns anos, ao balcão de um conhecido restaurante lisboeta, debatia com o empregado a essência da democracia. Ele saudava – com saudade e em saudação... – Oliveira Salazar, e afirmava que os melhores anos da sua vida tinham sido passados sob a ditadura.

Eu tentava explicar-lhe as vantagens da democracia: o direito de voto, a liberdade de expressão, a fiscalização permanente do poder.

Em vão. À liberdade de expressão, respondeu-me: “de que me serve poder gritar se não tiver o que comer e por isso nem força terei para gritar?”. Ao direito de voto, disparou: “de que me serve votar, se ganham sempre os mesmos desde 1974? Ao menos com o Salazar não havia ilusões de mudança”. E à fiscalização do poder, foi claro na resposta: “quando alguém percebe o erro que eles cometeram ou os abusos praticados, já eles estão longe a administrar empresas privadas ou mesmo públicas...”.

Na simplicidade da argumentação, aquele homem calou-me. Era impossível dar-lhe razão, mas era ainda mais difícil rebater a argumentação.

Tenho-me lembrado dele nestes dias de crise. Nestes dias em que de nada serve a liberdade de gritarmos contra o sistema, de pouco serviu a presumível fiscalização do poder que nos cabe, nestes dias em que está à vista o que do nosso voto foi feito.

No caldo que está criado para desacreditar o sistema, abrem-se as bolhas da intolerância que resultam nos raciocínios simples, lineares, difíceis de rebater. Quando a democracia não responde por si, naturalmente, a quem dela duvida, quem por ela pode responder que não seja ditadura? Foi aqui que chegámos. É aqui que estamos. De uma vez por todas, alguém que nos grite o essencial: que este é o pior dos regimes, com a excepção de todos os outros. É por isso que clamam os democratas. É por isso que clamo e reclamo. Mas também é isso que, como o empregado salazarista do restaurante que frequento, começo a precisar que me provem. Já não chega acreditar."

(Texto originalmente publicado no blog Delito de Opinião)

sábado, 27 de novembro de 2010

A violência no Rio de Janeiro

Os acontecimentos dos últimos dias no Rio de Janeiro - onde bandidos fortemente armados incendiaram 29 veículos apenas entre a noite de terça-feira e a manhã de quarta, além de promover arrastões em diversas áreas da cidade - são o desdobramento de uma das mais bem-sucedidas políticas de segurança pública já adoptadas no Brasil - a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em 12 morros e favelas que estavam sob controle do narcotráfico.

Por meio das UPPs, o governo estadual não se limita a promover operações policiais pontuais em áreas conflagradas, onde o poder público estava ausente. Pondo em prática o que era recomendado pelos especialistas, passou a instalar postos de saúde e escolas nesses locais, além de contingentes policiais permanentes articulados com líderes comunitários, para "reconquistar" territórios que haviam sido abandonados pelo poder público. Desse modo, toda a vez que uma nova UPP é instalada, o crime organizado perde o controle sobre uma "área libertada".

Desde que essa política foi adoptada, há dois anos, o crime organizado vem sendo expulso de morros e favelas que antes controlava pela intimidação e pela violência. A violência dos últimos dias - com um saldo de 39 mortos - foi mais uma tentativa de represália dos bandidos. A polícia já descobriu que a ordem partiu da Penitenciária de Catanduvas, no Paraná. Inaugurada em 2006, esta é a primeira prisão de segurança máxima mantida pela União para confinar os chefes das facções criminosas do Rio e de São Paulo.

A estratégia do narcotráfico não é nova. Sempre que se sentem acuadas pelas autoridades de segurança pública, as quadrilhas desafiam e afrontam o poder do Estado por meio de ataques orquestrados, com o objetivo de afrontar governantes e aterrorizar a população. A novidade neste novo surto de ataques é que, até o ano passado, os bandidos limitavam-se a atear fogo a autocarros e a comboios, lançar bombas em prédios públicos, disparar contra cabines de policiais e tumultuar o tráfego em ruas movimentadas. Em duas ocasiões, os bandidos dispararam contra a fachada do Palácio Guanabara, sede do governo do Estado.

Há dois meses para cá, porém, os chefes do narcotráfico passaram também a promover arrastões em túneis e viadutos, agredindo motoristas e incendiando carros de passeio - como ocorreu nos últimos dias. Até ontem, a polícia fluminense já contabilizara mais de 38 arrastões em toda a região metropolitana. A ideia é usar os mídia para disseminar o pânico no momento em que o Rio de Janeiro se prepara para sediar a Copa do Mundo, em 2014, e a Olimpíada, em 2016.

A reação do narcotráfico ao sucesso das UPPs já era esperada. O mesmo problema ocorreu no sul da Itália, no México e na Colômbia, quando as autoridades desses países adoptaram políticas de segurança pública mais rigorosas e eficientes contra o crime organizado. Em vez de deixar a população em pânico e enfraquecer governos, os ataques das facções criminosas tiveram efeito oposto. As sociedades daqueles países apoiaram enfaticamente essas políticas e, estimuladas pelo sucesso das operações, as polícias italiana, mexicana e colombiana passaram a investir em tecnologia e inteligência, no combate ao narcotráfico e facções mafiosas.

No caso do Rio, alguns especialistas afirmam que, apesar dos resultados já apresentados, as UPPs precisam ser aperfeiçoadas, exigindo maior articulação das autoridades municipais, estaduais e federais, para cortar as fontes de suprimento de drogas e armas. Outros especialistas lembram que o sucesso das UPPs só poderá ser efectivamente aferido depois de o governo fluminense instalar unidades no Complexo do Alemão, que é o maior reduto do narcotráfico e o local para onde os bandidos expulsos dos demais morros e favelas estão a fugir. Todos os analistas, porém, concordam que o poder público está trilhando o caminho certo para restabelecer o primado da lei e da ordem na segunda maior cidade do Brasil.

Fonte: Estado de São Paulo

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Será que ainda há alguém que duvide da imcompetência de Teixeira dos Santos?

«Portugal vai ter mesmo de pedir ajuda à União Europeia (UE) e ao Fundo Monetário Internacional (FMI), mas evitará uma falência técnica, cenário cada vez mais provável na Grécia, diz a Economist Intelligence Unit (EIU), o gabinete de estudos da conceituada revista The Economist. O pior é que quanto mais tarde o País pedir ajuda, mais caro ficará o empréstimo, avisa a entidade.

A equipa de economistas da EIU - que nos últimos anos têm tido uma relação muito próxima com Portugal, promovendo debates alargados sobre a economia - está agora convencida de que Portugal conhecerá o mesmo destino da Irlanda: deixará de conseguir ir ao mercado pedir crédito a preços razoáveis, projectando a entrada das verbas de socorro no decorrer do próximo ano. Há analistas que apontam já para o início de 2011. » [DN]

«Sobre Portugal, o banco central alemão, refere que "não houve qualquer sinal de uma bolha de crédito, com o montante total dos empréstimos a avançar a um ritmo moderado, médio, de apenas 6% por ano." Ao contrário do que sucedeu na Irlanda, que entre 2002 e 2007 registou um aumento médio superior a 26% por ano, ao mesmo tempo que a dívida nominal das empresas triplicou em menos de cinco anos.

Para Schildbach, a crise económica e financeira de Portugal e da Grécia prendeu-se, sobretudo, pela prática de "políticas orçamentais que conduziram a uma enorme perda de confiança nos mercados de capitais, nos tempos actuais de recessão."»

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A Lei 2105 - Gestores do Estado,com vencimentos milionários, ilegalmente.

A cabemos de vez com este desbragamento, este verdadeiro insulto à dignidade de quem trabalha para conseguir atingir a meta de pagar as contas no fim do mês.

Corria o ano de 1960 quando foi publicada no “Diário do Governo” de 6 de Junho a Lei 2105, com a assinatura de Américo Tomaz, Presidente da República e do Presidente do Conselho de Ministros, Oliveira Salazar.

Conforme nos descreve Pedro Jorge de Castro no seu livro “Salazar e os milionários”, publicado pela Quetzal em 2009, essa lei destinou-se a disciplinar e moralizar as remunerações recebidas pelos gestores do Estado, fosse em que tipo de estabelecimentos fosse. Eram abrangidos os
organismos estatais, as empresas concessionárias de serviços públicos onde o Estado tivesse participação accionista, ou ainda aquelas que usufruíssem de financiamentos públicos ou “que explorassem actividades em regime de exclusivo”.

Não escapava nada onde houvesse, directa ou indirectamente, investimento do dinheiro dos contribuintes.

E que dizia, em resumo, a Lei 2105?

Dizia que ninguém que ocupasse esses lugares de responsabilidade pública podia ganhar mais do que um Ministro.

A publicação desta lei altamente moralizadora ocorreu no Estado Novo de Salazar, vai, dentro de 2 meses, fazer 50 anos.

Catorze anos depois desta lei “fascista”, em 13 de Setembro de 1974, o Governo de Vasco Gonçalves, recém-saído do 25 de Abril, pegou na Lei 2105 e, através do Decreto Lei 446/74, limitou os vencimentos dos gestores públicos e semi-públicos ao salário máximo de 1,5 vezes o vencimento de um Secretário de Estado.

Hoje, ao lermos esta legislação, dá a impressão que se mudou, não de país, mas de planeta, porque isto era no tempo do “fascismo” (Lei 2105) ou do “comunismo” (Dec. Lei 446/74).

Agora, é tudo muito melhor, sobretudo para os reis da fartazana que são os gestores do Estado dos nossos dias.

Não admira, porque mudando-se os tempos, mudam-se as vontades, e onde o sector do Estado pesava 17% do PIB no auge da guerra colonial, com todas as suas brutais despesas, pesa agora 50%. E, como todos sabemos, é preciso gente muito competente e soberanamente bem paga para gerir os nossos dinheirinhos.

Tão bem paga é essa gente que o homem que preside aos destinos da TAP, Fernando Pinto, que é o campeão dos salários de empresas públicas em Portugal (se fosse no Brasil, de onde veio, o problema não era nosso) ganha a monstruosidade de €420.000 /mês, um ”pouco” mais que
Henrique Granadeiro, o presidente da PT, o qual aufere a módica quantia de € 365.000 /mês.

Aliás, estes dois são apenas o topo de uma imensa corte de gente que come e dorme à sombra do orçamento e do sacrifício dos contribuintes, como se pode ver pela lista divulgada recentemente por um jornal semanário, onde vêm nomes sonantes da nossa praça, dignos representantes do
despautério e da pouca vergonha a que chegou a vida pública portuguesa.

Entretanto, para poupar uns 400 milhões nas deficitárias contas do Estado, o governo não hesita em cortar benefícios fiscais a pessoas que ganham por mês um centésimo, ou mesmo 200 e 300 vezes menos que os homens (porque, curiosamente, são todos homens…) da lista dourada que o
“Sol” deu à luz há pouco tempo.

Curioso é também comparar estes valores salariais com os que vemos pagar a personalidades mundiais como o Presidente e o Vice-Presidente dos EUA, os Presidentes da França, da Rússia etc...

Acabemos de vez com este desbragamento, este verdadeiro insulto à dignidade de quem trabalha para conseguir atingir a meta de pagar as contas no fim do mês.

Não é preciso muito, nem sequer é preciso ir tão longe como o DL 446 de Vasco Gonçalves, Silva Lopes e Rui Vilar; basta ressuscitar a velhinha, mas pelos vistos revolucionária Lei 2105, assinada há 50 anos por Oliveira Salazar.

Artigo de opinião de: Vasco Garcia Professor Catedrático