quarta-feira, 22 de abril de 2009

Mentiras, sondagens, estatisticas...Portugal, ciclista.

“Se alguém acha que pode instrumentalizar o Presidente da República pensa mal, porque o PR nem se envolve nem se deixa envolver nas lutas eleitorais”, avisou, numa ideia que repetiu várias vezes. “Se a oposição pensa que vai transformar o PR no rosto da oposição, estão enganados. Em política, cada um pedala a sua própria bicicleta”...Socrates, ontem na RTP 1.

Um país com os problemas de Portugal requer políticos e políticas corajosas, capazes de recuperar o atraso e encontrar soluções, não pode viver em função de eleições e, pior ainda, das sondagens semanais. Condicionar grandes projectos ou políticas importantes como a política fiscal a sondagens eleitorais é uma irresponsabilidade inaceitável.

Este país está a tornar-se num teatro de mentiras em que os políticos treinam no seu exercício na esperança de serem os que os eleitores preferem por se sentirem mais felizes com as mentiras propostas. Deixou de haver objectivos nacionais, os políticos confundem o seu futuro político com o do país.

As propostas deixaram de ser feitas a pensar no país para serem determinadas em função das sondagens, coisas sérias como infra-estruturas e política fiscal, o pouco que resta à autonomia dos governos da EU, passaram a estar condicionadas às sondagens de imagem dos líderes.

A política da mentira deu um salto qualitativo, agora já não está condicionada aos actos eleitoriais, já é desenvolvida a pensar nas sondagens semanais e até nas sondagens internas dos líderes partidários. Alguém falou em rigor e credibilidade?

Sem comentários: