quinta-feira, 30 de abril de 2009

Nem as criancinhas escapam.

E vão dois...tiros no pé, ou serão mais dois casos, inventados pela imprensa e inseridos na "campanha negra"???

Primeiro tiro...

A Inspecção-Geral de Educação (IGE) esteve na Escola Secundária de Fafe a interrogar estudantes, maiores de 16 anos, que terão participado no protesto, ocorrido em Novembro de 2008, em que foram atirados ovos à ministra da Educação, quando esta se dirigia a um edifício próximo da escola, para a entrega de diplomas do Programa Novas Oportunidades.

Segundo avança o jornal Público, a acção da IGE foi já criticada pela Associação de Pais, que contesta o método de interrogatório, o qual, refere, incentiva a um «comportamento denunciante», que «é absolutamente inconcebível depois do 25 de Abril».

Desagradados com a situação, os pais já enviaram cartas procurador-geral da República, ao provedor de Justiça e aos grupos parlamentares, afiança o Público. Quanto à IGE, assegura, através de ofício, que nada de ilegal ocorreu.

Por sua vez, deputado do PS, Manuel Alegre, classificou esta noite de “ intolerável”, e aproveita para citar outro poeta e pensador:
“Dizia Antero de Quental que mesmo quando nos julgamos muito progressistas, pode emergir dentro de nós um fanático e um inquisidor. Eu espero que este fanático e este inquisidor não reapareçam no Portugal democrático, muito menos na escola pública.”

Manuel Alegre afirmou-se “estupefacto e indignado” com o caso. Apesar de a Inspecção-Geral de Educação “já ter feito uma nota dizendo que nada de anormal ocorreu”, conta o deputado, “isto não pode ficar assim”. A ser verdade, o caso “é um atentado à liberdade, ao espírito da escola pública e à constituição”, e demonstra que o dito inspector “enganou-se na profissão”. “Um inspector de Educação não pode agir como um inspector de polícia para incentivar alunos a denunciar professores e outros alunos”, reforça Alegre.


Segundo tiro...

No dia 22 de Abril, o tempo de antena do PS foi ilustrado com imagens de crianças do ensino básico, que nas salas de aula teciam elogios ao computador Magalhães, repetindo as frases que uma produtora lhes ensinava, e orquestrava.

Alguns pais da escola do ensino básico de Castelo de Vide vieram a público acusar o PS de ter usado as imagens das crianças indevidamente, já que lhes havia sido dito que as filmagens se destinavam ao Ministério da Educação.

Ao microfone do Rádio Clube, o porta-voz Vitalino Canas disse que depois da polémica, o que o PS tem a fazer é lamentar o sucedido e, através do seu secretário-geral está já a dirigir, aos pais das crianças envolvidas, pedidos formais, por escrito, de desculpa pelo sucedido.

Eventualmente por ausência de informação adequada ou de actuação adequada da parte sobretudo da empresa, houve pessoas que participaram no vídeo que não tinham a exacta noção de que as imagens seriam empregues no tempo de antena do PS, e houve, porventura, algumas crianças que foram filmadas sem o preenchimento dos requisitos prévios, disse Vitalino Canas.

Pois, a culpa, é sempre dos outros...

E aponta o dedo à produtora:

"A empresa contactou e relacionou-se com as escolas e com as direcções regionais da educação envolvidas, fazendo o pedido em nome do Partido Socialista para a gravação do tempo de antena para o PS.O que aconteceu em Castelo de Vide?"

"Porventura, por qualquer razão que nós obviamente não dominamos, esse procedimento não foi o mais correcto, o mais adequado, e houve algum défice de informação que levou a que nem toda a gente recebesse essas indicações de que se tratava de um vídeo para o tempo de antena do PS".

Vitalino Canas salienta também que o que se passou a escola de Castelo de Vide foi um facto circunscrito e que as crianças em causa são um número reduzido tendo em conta o número global de pessoas e de escolas que participaram.

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